A defesa de Anderson Silva está recrutando uma equipe de advogados em Las Vegas para defender o lutador em julgamento disciplinar. A Comissão Atlética do Estado de Nevada vai ouvir o brasileiro no dia 17 de fevereiro.
Exame de urina realizado com material coletado no último dia 9 pelo “Sports Medicine Research and Testing Laboratory”, ligado à Universidade de Utah, acusou a presença de metabólitos dos esteroides anabolizantes drostanolona e androsterona. No dia 31, outra amostra de urina foi examinada, e os resultados foram negativos. Uma terceira amostra, de sangue, foi colhida no dia da luta (28), mas o resultado não foi divulgado.
O resultado do exame do dia 9 tornou-se público antes de se conhecer o resultado da contraprova, o que deixou Anderson contrariado.
Claudio Dalledone Júnior, advogado de Anderson em Curitiba, o mesmo que defendeu Bruno, ex-goleiro do Flamengo, está sendo consultado pelo lutador. “Sou amigo e conselheiro do Anderson. Nossa equipe jurídica está buscando advogados em Nevada para defendê-lo. O Anderson tem me participado sobre o que está acontecendo. Confio nele e na equipe técnica que o orienta. A primeira providência é aguardar o resultado da contraprova. Acredito que o tratamento que o Anderson realizou (para se reabilitar de uma fratura na canela esquerda) possa ter potencializado ou alterado resultados”.
Thomaz Mattos de Paiva, presidente da Comissão Nacional Antidopagem da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), considera prematuro tecer qualquer comentário sobre o caso de Anderson no momento. “Não sabemos qual foi a metodologia empregada pelo laboratório no exame. O UFC também não segue os procedimentos que a WADA (Agência Mundial Antidoping) preconiza quanto à divulgação de resultados, então acho prudente esperar”.
Paiva afirma que os esteroides anabolizantes, como a drostanolona e a androsterona, além de contribuírem para o aumento de massa muscular, proporcionam também vantagem psicológica no momento do combate. “São drogas que elevam o nível de testosterona no organismo. O atleta se torna mais agressivo”.
Nesta quarta-feira (4), por meio de seu empresário Ed Soares, o Aranha falou sobre o assunto pela primeira vez.
“Venho competindo neste esporte há muito tempo. Essa é a minha décima nona luta no UFC. Eu já fui submetido há exames diversas vezes e nunca testei positivo por doping. Eu não tomei nenhuma droga que aumenta a performance. Minha posição sobre o doping é, e sempre será, a mesma: sou um defensor do esporte limpo. Estou em contato com meus consultores para explorar todas as minhas opções para lutar contra essas alegações e limpar meu nome. Não vou comentar mais nada sobre isso até que minha equipe me aconselhe a isso”, diz o pronunciamento do Spider, enviado ao site MMA Fighting por seu empresário.