Andrew Tate: ‘mentor’ de Pablo Marçal está preso por tráfico humano e exploração de mulheres

O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), tem atraído atenção por suas declarações sobre seu “mentor” Andrew Tate, um influenciador digital envolvido em polêmicas e crimes graves. Tate, que alcançou fama ao participar do reality show Big Brother britânico, foi expulso do programa após agredir uma mulher com um cinto. Hoje, ele cumpre prisão domiciliar na Romênia, acusado de tráfico humano, estupro e outros crimes, mas continua sendo uma figura influente, especialmente no movimento “red pill”, que promove a masculinidade através da misoginia.

Apesar das acusações e da natureza controversa de suas opiniões, que incluem declarações misóginas e homofóbicas, Tate inspirou Marçal em suas estratégias de marketing digital. O candidato, que lidera as pesquisas em São Paulo, admitiu em entrevistas que adota métodos de Tate, como contratar jovens para criar e impulsionar cortes de seus vídeos nas redes sociais, o que lhe rende grande visibilidade e ganhos financeiros.

Marçal, ao ser questionado sobre a associação com Tate durante uma entrevista na Jovem Pan, afirmou que se inspira nas estratégias de divulgação do influenciador, mas não apoia seus crimes. Ele revelou que atualmente cerca de 4 mil pessoas participam de um campeonato de cortes de seus vídeos, remuneradas por ele.

Andrew Tate, que se descreve como misógino, já fez várias declarações polêmicas, defendendo que mulheres “pertencem aos homens” e que vítimas de abuso sexual devem ser culpadas. Mesmo com suas redes sociais banidas por essas opiniões, ele continua sendo popular entre certos grupos, incluindo incels e jovens de direita.

Essa associação com Tate e a adoção de suas práticas levantam questões sobre as táticas de Marçal na corrida eleitoral, especialmente considerando o histórico criminal e a ideologia do influenciador que ele considera um mentor.

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