Aneel adota bandeira verde e reduz custo da conta de luz em dezembro
A bandeira verde não gera custos adicionais na na tarifa de luz e foi impulsionada pelo aumento no volume das chuvas
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, nesta sexta-feira (29), que, em dezembro, será aplicada a bandeira tarifária verde, o que resultará em uma redução nas contas de luz para os consumidores brasileiros. A medida vem como quebra após a cobrança da bandeira amarela em novembro, que adicionou R$ 1.885 a cada 100 kWh consumidos.
A mudança para a bandeira verde foi possível devido à melhoria nas condições de geração de energia no país, impulsionada pelo período chuvoso mais intenso das últimas semanas. As chuvas favoreceram a geração de energia hidrelétrica, que tem custo inferior em relação às termelétricas, acionadas em períodos de baixa nos reservatórios.
Este será o primeiro mês desde agosto em que o Brasil adotará a bandeira verde, que não envolve custos adicionais. Nos meses anteriores, a escassez de chuvas levou a Aneel a adotar bandeiras tarifárias mais altas: em setembro, foi aplicada uma bandeira vermelha de patamar 1, e em outubro, uma tarifa elevada para o patamar 2, o mais elevado. Em novembro, a cobrança extra foi reduzida com a bandeira amarela.
Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, destacou que o sistema de bandeiras tarifárias tem sido uma ferramenta democrática para dialogar com a sociedade sobre o consumo eficiente de energia elétrica. O sistema, criado em 2015, reflete os custos variáveis da geração de energia, levando em consideração a disponibilidade de recursos hídricos e a necessidade de recorrer a fontes mais caras, como as termelétricas.
A mudança para a bandeira verde também traz um rompimento para a inflação, já que a alta nas contas de luz havia impactado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil. Com a bandeira verde, o custo da energia elétrica se estabiliza, contribuindo para a contenção da inflação, que se aproximava de ultrapassar o teto da meta do Banco Central de 3% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual.
A medida será aplicada a todos os consumidores ligados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e traz a esperança de um mês com menos impacto nas tarifas de energia.