Antes de comprar carne, consumidor deve observar higiene do local
Também é importante observar se o comércio tem Alvará Sanitário. A venda de carnes pode ser a granel, bandeja ou a vácuo
Na lista de irregularidades expostas na operação “Carne Fraca” da Policia Federal, que investiga a adulteração de carnes em frigoríficos, estão carne estragada, reembalagem de produtos vencidos, carne contaminada por bactérias, misturada com papelão e venda de carne imprópria para consumo humano.
Por ser um produto perecível, a carne pode ter a qualidade alterada por vários fatores. É necessário que se tenha alguns cuidados, que devem começar na compra e englobar armazenamento, descongelamento e preparo. É o que orienta a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, por meio da Vigilância Sanitária.
“O consumidor precisa estar atento para as condições do ambiente onde produto está sendo comercializado”, afirma Robson Azevedo, superintendente de Vigilância em Saúde.
A carne deve ser exposta em balcão frigorífico, pendurada em ganchos de alumínio ou inox, a uma temperatura de 7º C, ou menor, no interior da peça. Medidas como a limpeza do local e uso de toucas, jalecos e outros equipamentos pelos funcionários também devem ser obedecidas. “E o mais importante, o local deve ter o Alvará Sanitário”, lembra o superintendente. Ainda de acordo com Robson, para a fabricação de embutidos (salsichas, presunto, salame, mortadela) é necessário ter um alvará sanitário especial, que ateste a execução das normas para fabricação desses produtos.
A venda de carnes pode ser a granel, bandeja ou a vácuo. Em todos os casos é preciso verificar textura e cor do produto. Segundo Robson “a coloração da carne é a principal característica a ser observada”. A cor é o indício de como o animal foi abatido, como a carne foi conservada, manipulada e se é fresca ou não. Além de indicar uso de produtos químicos. “O ideal é que o alimento tenha a coloração entre vermelho púrpura/cereja e o vermelho brilhante”, orienta Robson.
É necessário ainda observar a etiqueta e rótulos dos produtos. As datas de fabricação e validade (contendo dia, mês e ano), informações nutricionais, além do nome, endereço e CNPJ da indústria produtora; selos de Inspeção (Municipal, Estadual ou Federal) precisam estar legíveis.
Os consumidores que encontrarem irregularidades sanitárias como falta de higiene e produtos vencidos e estragados podem denunciar pelo sistema de atendimento @156 presente no Portal da Prefeitura ou ainda procurar os Procon Municipal e Estadual e a Delegacia do Consumidor (Decon).
Se caso as irregularidades forem confirmadas, os estabelecimentos podem ser multados e os responsáveis responderem por crime de saúde pública e de relação de consumo.