Anvisa identifica 146 casos de Covid em cruzeiros em Salvador e Santos
Em um dos navios, as pessoas com Covid e seus contactantes tiveram que desembarcar no porto do litoral paulista; outro está atracado na capital baiana
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que houve a identificação de 146 casos de Covid em dois navios de cruzeiros marítimos. Os cruzeiros voltaram a navegar em 1° de novembro no Brasil após uma portaria do governo federal. Após essa autorização, a Anvisa aprovou um protocolo sanitário para a retomada das atividades.
Um dos navios atracou no porto de Santos (SP) para que 132 pessoas desembarcassem nesta quarta-feira (29). Fazem parte desse grupo 78 pessoas com casos confirmados da doença e 54 que tiveram contato com os casos positivos. O desembarque ocorreu após o aumento do número de casos de Covid —apenas entre os tripulantes foram observados em 51.
A agência reguladora informou que o navio leva cerca de 4.000 pessoas a bordo. Até esta quinta-feira (30) não estão autorizados novos desembarques ou embarques e o navio deve permanecer atracado até a finalização da análise dos dados epidemiológicos.
Já o outro navio atracou no porto de Salvador. Foram confirmados 68 casos de Covid-19, sendo 56 entre tripulantes e 12 entre passageiros. No momento, encontram-se embarcados 3.836 viajantes e ninguém teve autorização para desembarcar. “A Anvisa adotará as medidas previstas nos normativos vigentes, que podem incluir a necessidade de quarentena ou mesmo de suspensão das atividades”, disse a agência em nota.
Segundo o protocolo da Anvisa, somente as pessoas que tomaram a vacina contra a Covid-19 podem embarcar no país. São válidas as vacinas que fazem parte do PNI (Programa Nacional de Imunizações) e as que são reconhecidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Além da vacinação, o uso de máscara é obrigatório a bordo e em terminais de passageiros. Dentro das embarcações o distanciamento entre os grupos de viajantes deve ser no mínimo de 1,5 metro.
Todos os dias, no mínimo 10% das pessoas que trabalham na embarcação e 10% dos passageiros têm que ser testados. Tripulantes devem ser testados com maior frequência, especialmente aqueles envolvidos em serviços de alimentação e os que possuem contato direto com os passageiros.