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Anvisa suspende sete pomadas para cabelos por não cumprirem normas sanitárias; veja a lista

Agência cancelou autorização para que empresas fabriquem e comercializem os produtos no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou, nesta segunda-feira, a regularização de sete pomadas modeladoras para cabelos por não cumprirem as normas sanitárias vigentes. Com isso, as empresas citadas ficam proibidas de fabricarem ou comercializarem os produtos no Brasil.

A medida foi anexada a uma outra resolução, de 13 de janeiro, que já havia suspendido o produto Pomada Modeladora para Tranças Anti-Frizz Be Black. Outras marcas contempladas na nova decisão também já haviam sido alvos de restrições na comercialização, porém agora foram proibidas de forma definitiva, além de terem a fabricação suspensa.

Ao todo, com o produto que já havia sido vetado na semana passada, são oito pomadas para cabelos proibidas. Veja a lista:

  1. Pomada Modeladora para Tranças Anti-Frizz Be Black, da empresa Cosmetic Group Indústria e Comércio de Cosméticos Eireli
  2. Pomada Black – Essenza Hair, da empresa Evolução Indústria de Cosméticos Ltda
  3. Pomada Modeladora para Tranças Boxbraids (fixa liss), da empresa Evolução Indústria de Cosméticos Ltda
  4. Pomada Braids Hair, da empresa Galore Indústria e Comércio de Cosmético Eireli
  5. Pomada Cassu Braids Cassulinha Cabelos, da empresa Microfarma Indústria e Comércio Ltda
  6. Pomada Braids Tranças Poderosas Esponja Magic, da empresa Microfarma Indústria e Comércio Ltda
  7. Rosa Hair – Pomada Modeladora – Mega Fixação 150g, da empresa Morandini Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda Me
  8. Pomada Modeladora Master Fix Black Ser Mulher, da empresa Supernova Indústria Comércio e Serviços Ltda

O que fazer se tiver um dos produtos?

A Anvisa orienta que aqueles que tiverem uma das pomadas fabricadas pela Microfarma Indústria e Comércio Ltda – a Cassu Braids Cassulinha Cabelos ou a Braids Tranças Poderosas Esponja Magic – entrem em contato com a empresa para realizar o procedimento de devolução, inclusive estabelecimentos que utilizem os produtos. Isso porque a agência determinou o recolhimento dos itens pela fabricante.

Para quem possui pomadas das demais marcas, a Anvisa diz estar “avaliando as ações sanitárias necessárias” e que, a partir das investigações, “as medidas sanitárias cabíveis serão tomadas com a maior celeridade possível”.

“Ressalta-se que a Agência segue acompanhando todos os fatos relatados relacionados às pomadas capilares e conta, também, com a atuação dos órgãos de vigilância sanitária dos estados e municípios, de modo que todos os produtos envolvidos com os relatos de problemas de visão estão sendo investigados”, diz em nota.

Riscos das pomadas

O órgão orienta ainda que, aqueles que fizeram uso recente de algum desses produtos, estejam atentos ao lavar os cabelos para evitar que a substância entre em contato com os olhos. Caso alguma reação ocorra, é preciso procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo.

No final do ano passado, a agência emitiu um alerta sobre os riscos de efeitos colaterais graves possivelmente associados a produtos utilizados para trançar e modelar cabelos. Foram identificadas queixas de cegueira temporária, ardência nos olhos, coceira, inchaço ocular, entre outros.

O documento foi resultado de uma série de relatos recebidos pela Anvisa sobre os problemas, envolvendo uma variedade de marcas e produtos que passaram a ser investigados pela agência. Em um dos casos de perda de visão temporária, o tempo para recuperação chegou a ser de 15 dias.

No alerta, a Anvisa destacou que banhos de piscina e no mar após o uso favorecem o contato do produto químico do cabelo com os olhos, o que é responsável pelos efeitos colaterais, e por isso devem ser evitados.

Além disso, reforça que apenas pomadas com o aval da Anvisa sejam utilizadas; que a fabricante seja consultada sobre medidas preventivas específicas daquela marca e que as mãos sejam devidamente lavadas ao fazer o manejo da substância.

Também é orientada a busca por opções de cosméticos naturais, com formulações que tenham o menor número de componentes químicos potencialmente danosos; a atenção às recomendações de armazenamento e data de validade do produto e o não manuseio da pomada caso ela apresente alterações de cor, odor ou textura.

Em casos de contato do produto com os olhos, o consumidor deve iniciar imediatamente a lavagem da região com água em abundância, o que “pode minimizar a toxicidade local do produto”.