Ao TSE, em 2010, Sérgio Cabral declarou ter R$ 35 mil em dinheiro vivo
Se comparadas as declarações de bens de 2006 e 2010, nas duas candidaturas do peemedebista, o patrimônio de Sérgio Cabral aumentou em R$ 195.218,81
Apontado pelo Ministério Público Federal como chefe de um esquema que, entre 2007 e 2014, girou propina de R$ 224 milhões, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2010, quando se candidatou à reeleição no Estado, que tinha R$ 35 mil em dinheiro em espécie e um patrimônio de R$ 843.094,42. Se comparadas as declarações de bens de 2006 e 2010, nas duas candidaturas do peemedebista, o patrimônio de Sérgio Cabral aumentou em R$ 195.218,81.
A propina recebida por Sérgio Cabral, segundo investigação do Ministério Público Federal, saiu de obras de empreiteiras contratadas pelo governo do Estado. O Ministério Público Federal aponta que o ex-governador recebeu 5% sobre os valores dos contratos durante seus dois mandatos, entre 2007 e 2014.
Em 2010, Cabral declarou ao TSE ter um carro ano 2006, de R$ 70 mil, aplicações e investimentos no montante de R$ 430.874,15, um imóvel em Mangaratiba, no Rio, avaliado em R$ 200 mil, participação societária na SCF Comunicação e Participações LTDA de R$ 90 mil e depósito em conta corrente e poupança no valor de R$ 17.220,27.
Em 2006, a declaração de bens de Sérgio Cabral ao TSE apontou um patrimônio de R$ 647.875,61. O então candidato relatou ter um veículo um carro ano 2006, de R$ 70 mil, uma lancha no valor de R$ 100 mil, a mesma participação acionária na SCF, o mesmo imóvel em Mangaratiba e fundos de investimento. Naquele ano, Sérgio Cabral não declarou dinheiro em espécie.
Com o dinheiro das propinas, aponta a Calicute, o peemedebista teria comprado joias, anéis e pedras preciosas de até R$ 100 mil em dinheiro vivo. A diretora comercial da H.Stern, Maria Luiza Trotta, afirmou em depoimento à Polícia Federal que levava joias anéis de brilhante e pedras preciosas, na residência de Sérgio Cabral para que o ex-governador e sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, fizessem uma “seleção” da peça a ser escolhida. Segundo ela, os pagamentos era feitos em dinheiro vivo.