DECLARAÇÕES

AO VIVO: Capitã Cloroquina, Mayra Pinheiro, presta depoimento à CPI da Covid, assista

Secretária tem o direito de se manter em silêncio sobre questões relacionadas à crise de oxigênio em Manaus

Secretária tem o direito de se manter em silêncio sobre questões relacionadas à crise de oxigênio em Manaus (Foto: reprodução/redes sociais)

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, presta depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta terça-feira (25). A chamada “Capitã Cloroquina”, entretanto, já chega com um benefício: ela pode permanecer em silêncio em questionamentos sobre fatos ocorridos entre dezembro do ano passado até janeiro deste ano, período que se coincide com a crise de falta de oxigênio nas Unidades de Terapia Intensivas (UTI) de Manaus (AM).

Decisão que auxilia Mayra foi concedida pelo ministro Ricardo Lawandowski, na última sexta-feira (21). Na decisão, o ministro destacou que ela, assim como Eduardo Pazuello, responde a uma ação de improbidade administrativa apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas. O processo em questão apura as ações e omissões dos governos federal e estadual no colapso do sistema de Saúde da capital durante o período.

Mas, de acordo com os requerimentos apresentados ao presidente Omar Aziz (PSD-AM), os senadores devem questioná-la sobre isolamento social, vacinação, postura do governo, estratégia de comunicação e omissão de dados.

Uma das grandes expectativas dos senadores recai sobre o aplicativo TrateCov. A plataforma foi desenvolvida para recomendar o uso da cloroquina no combate à Covid-19. Na última semana, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, revelou que a ideia partiu de Mayra, mas que a plataforma foi “hackeada” enquanto estava em fase de desenvolvimento.

“Essa plataforma não foi distribuída aos médicos. Foi copiada por um cidadão, que fez a divulgação com usos indevidos. Quando soubemos determinei que fosse retirada do ar e que fosse aberto um processo para descobrir onde estavam os erros disso”, disse o general aos senadores.

Porém, o aplicativo foi lançado e foi divulgado nas redes sociais oficiais do governo federal. “A TV Brasil, que é uma TV oficial, apresentou não só a matéria jornalística sobre o lançamento do programa TrateCov, como fez campanha publicitária. É preciso que o senhor Pazuello explique isso”, cobrou o senador Eduardo Braga (MDB-AM) durante sessão.

Mayra iria prestar depoimento na última quinta-feira (20), mas teve que ser adiado pelo fato da oitiva de Eduardo Pazuello se estender por dois dias.