Apesar de contestação mundial, Indonésia diz que não voltará atrás em execuções
No sábado (25), as autoridades indonésias notificaram os oito estrangeiros – da Austrália, Nigéria, do Brasil e das Filipinas – de que as execuções, por um pelotão de fuzilamento, ocorrerão em breve.
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A Indonésia informou neste domingo (26) que está determinada a avançar com a execução de oito estrangeiros, entre os quais um brasileiro, condenados por tráfico de droga, apesar da contestação mundial liderada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.
No sábado (25), as autoridades indonésias notificaram os oito estrangeiros – da Austrália, Nigéria, do Brasil e das Filipinas – de que as execuções, por um pelotão de fuzilamento, ocorrerão em breve. Um preso indonésio também será executado na mesma ocasião. A procuradoria-geral da Indonésia declarou que o francês Serge Atlaoui, também condenado à morte por tráfico de droga, foi retirado desta lista de execuções iminentes, depois de muita pressão do governo francês.
Os prisioneiros já foram transferidos para a prisão de segurança máxima de Nusakambangan, onde ficarão até serem executados.
O governo de Jacarta informou, no sábado, que as execuções poderiam ocorrer dentro de três dias. Os governos estrangeiros envolvidos já pediram à Indonésia clemência para os seus cidadãos Os pedidos foram negados.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, “apelou ao governo indonésio para não executar, como anunciou, os dez prisioneiros que se encontram no corredor da morte pelos crimes alegadamente ligados à droga”, de acordo com comunicado divulgado ontem pela organização.
“Segundo a legislação internacional, em países onde a pena de morte está em vigor, a lei apenas deve ser aplicada em crimes graves, como mortes com premeditação”, diz o texto, acrescentado que “as infrações ligadas à droga não estão normalmente incluídas nesta categoria de crimes , muito graves”.