PRESÍDIO

Após 8 dias internado, autor de ataque a escola em SC recebe alta e vai para presídio

O autor do ataque à escola Aquarela deixou o HRO (Hospital Regional do Oeste), em…

O autor do ataque à escola Aquarela deixou o HRO (Hospital Regional do Oeste), em Chapecó, no começo da manhã desta quarta-feira (12). Ele estava internado na unidade de saúde desde 4 de maio, após ter esfaqueado seis pessoas em Saudades – dessas, cinco morreram – duas professoras e três estudantes de menos de dois anos. Apenas um menino sobreviveu.

Conforme o hospital, o homem deixou a unidade em uma viatura do DEAP (Departamento de Administração Prisional). Segundo o órgão estadual, ele foi levado para o Presídio de Chapecó. “Ele está em isolamento cumprindo os protocolos de prevenção à covid-19”, acrescentou o DEAP.

“Solucionadas todas as lesões causadas pelo próprio paciente; apresenta condições clínicas e cirúrgicas de seguimento ambulatorial. Recebe alta hospitalar na data de hoje e segue sob custódia do Estado”, informou o hospital, onde o jovem de 18 anos estava internado desde o dia do ataque.

Após o ataque, realizado com um facão, o jovem tentou se matar. Por isso, precisou de atendimento médico.

Dois dias após o ocorrido, o suspeito passou por uma segunda cirurgia. Os procedimentos envolveram as regiões do pescoço, tórax, abdômen e também os membros inferiores. Desde então, ele deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na sexta-feira (7) e vem se recuperando bem na unidade hospitalar de Chapecó, que fica a 67 quilômetros de Saudades, na região do oeste catarinense.

Com a melhora no estado clínico, o jovem de 18 anos prestou depoimento ontem à Polícia Civil no próprio hospital, o teor não foi divulgado. Segundo os investigadores responsáveis pelo caso, o inquérito deve ser finalizado ainda nesta semana.

Prisão preventiva e indiciamento

Após ser preso em flagrante no dia do ataque, o suspeito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça catarinense na última quarta (5). A Polícia Civil pediu o indiciamento do jovem por cinco homicídios triplamente qualificados (motivo torpe, por meio cruel e sem possibilidade de defesa às vítimas) e uma tentativa de homicídio, já que uma das crianças sobreviveu.

Investigadores do caso afirmam que o autor do ataque tinha um perfil reservado e vinha sofrendo bullying na escola. Ainda segundo os policiais, há indícios de que ele estava maltratando animais.

No momento do ataque, o suspeito portava duas armas brancas, mas apenas uma delas foi utilizada no ataque. Ambas foram compradas há pouco tempo pelo jovem.