Após Caiado anunciar apoio a Bolsonaro, ministro visita Goiânia
Em visita a Goiânia nesta terça-feira (11), o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, falou em…
Em visita a Goiânia nesta terça-feira (11), o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, falou em R$ 66 milhões para obras públicas no Estado. Ele estava ao lado do governador Ronaldo Caiado (UB) em agenda com prefeitos no Palácio das Esmeraldas, na capital. A visita acontece após a formalização de apoio de Caiado a Jair Bolsonaro (PL) para o 2º turno das eleições de 2022.
No entanto, o ministro nega que haja relação entre a aproximação do governador com o presidente.
O repasse dos R$ 66 milhões será para a construção de ponte sobre o Rio Araguaia, no município de Luiz Alves; além das construções de anéis viários em Aragarças — cuja a entrega é prometida para outubro deste ano — e em Jataí, no sudoeste de Goiás, a ser finalizado em dezembro.
O governador Ronaldo Caiado solicitou ainda a federalização da GO-118, que deve se transformar em BR-010. Além disso, a conclusão da GO-080, até 2023. A previsão é que com isso haja liberação de 2 milhões de hectares de terra agricultáveis no Nordeste goiano e 600 mil hectares no Vale do Araguaia. Ambas são regiões em que o ex-presidente Lula (PT) teve melhor votação que Bolsonaro em Goiás.
O ministro da Infraestrutura, no entanto, nega que essas parcerias resultem do aceno que Caiado deu para candidatura à reeleição do presidente. Ele diz que o governo federal priorizou investimentos na malha rodoviária, com sinalização e manutenção em dia, além de concessões nas rodovias no Estado.
Para rebater a crítica sobre aproximação “eleitoreira”, Marcelo Sampaio cita as visitas “quase mensais” do governo federal ao Estado. “O presidente Bolsonaro e o [ex-ministro] Tarcísio de Freitas [candidato a governador de São Paulo] praticamente todo mês. Esse trabalho conjunto com o Caiado é permanente, não é diferente no mês de outubro, vamos continuar trabalhando de forma conjunta, por que isso gera sinergia”, disse durante entrevista coletiva.
Caiado também negou que haja contrapartida do governo federal ao apoio recebido para o 2º turno e diz que os investimentos e aproximações não podem parar entre as convenções partidárias e 30 de outubro — data final da eleição.
“Até porque não sou homem me dar a essas coisas. Esse não é o padrão Ronaldo Caiado. Não sou esse tipo de político de toma lá dá cá. Não é minha política, nunca foi. Se tive um RRF, assinado pelo presidente da República, não foi eleitoreiro. O que dá condições de investimento que temos hoje. Se temos investimento como a privatização da Norte-Sul. Isso não tem nada de eleitoreiro, mas de desenvolvimento. Agora não é possível que quando se chega no mês de julho até terminar o 2º turno nada possa acontecer… A população quer resultado, obra, desenvolvimento, melhoria…”, contestou.