Após criança desmaiar por fome em sala de aula, escola do DF passa a servir almoços
As refeições começaram a ser servidas nesta terça (21) e serão distribuídas aos estudantes que moram no Paranoá Parque
Após a repercussão nacional do caso do menino de 8 anos que desmaiou por fome dentro de uma sala de aula no Cruzeiro, no Distrito Federal, os alunos da escola onde ele estuda passaram a receber almoço. As refeições começaram a ser servidas nesta terça (21) e serão distribuídas aos estudantes que moram no Paranoá Parque.
O garoto faz parte de um grupo de alunos que precisa percorrer cerca de 30 quilômetros de casa até a Escola Classe 8. Eles moram no Paranoá Parque, um conjunto do Minha Casa, Minha Vida onde aproximadamente outras 200 crianças residem. Elas são transportadas para a unidade no Cruzeiro em um transporte escolar do governo, e muitas fazem o trajeto sem se alimentar.
Ao jornal Correio Braziliense, a diretora do Colégio Classe 8, Luciana Araújo, informou que os alunos vão receber a refeição assim que chegarem à unidade, por volta das 13h30. “Existia um problema que foi sanado. Hoje, chegou uma merendeira que vai preparar as refeições”, anunciou. O primeiro cardápio feito para os alunos foi risoto de peixe. “Tínhamos alguns itens, e receberemos outros para variar essa composição do almoço para os alunos”, acrescentou.
Já o pai do menino disse à publicação que a criança passa bem e fez diversos exames de saúde. “Fizemos para saber como ele está”, justificou. Francisco informou ainda que o menino passará os finais de semana com ele.
Carta
Diante da repercussão do caso, a direção da escola divulgou um comunicado em que rebate críticas e reafirma o compromisso com a educação de qualidade. No texto, a equipe gestora declara que o ocorrido “despertou em alguns o julgamento à escola”.
A direção frisa que os alunos do Paranoá foram recebidos de braços abertos pelos profissionais da escola, assim como os demais, das mais diversas regiões administrativas do DF e do Entorno. “Com o devido respeito, esclarecemos aqui que levamos nosso trabalho muito a sério e sabemos quais são nossos limites. Se não fizemos mais, certamente foi por escassez de recursos, não por falta de comprometimento ou por desinteresse”, ressaltou.
Confira a íntegra da carta: