Após ser tomada por lama e muro desabar, sede social do clube do São Paulo é interditada
Chuva causou alagamentos também em outros pontos da capital, que ficou em estado de atenção por mais de três horas
A chuva que desabou em São Paulo neste sábado provocou estragos na sede social do clube do São Paulo, no Morumbi, na Zona Sul da cidade. A lama tomou completamente a área onde ficam as piscinas, a rua no entorno e também carros que estavam estacionados. Um muro desabou e um portão cedeu. O espaço foi interditado e não há previsão para sua reabertura.
O clube informou que ninguém ficou ferido. Mas, em nota, o São Paulo orienta “todos os associados e moradores da região do Morumbi que tiveram contato com as áreas alagadas que procurem atendimento em postos de saúde ou hospitais, por precaução”. A interdição no clube é por tempo indeterminado e o clube suspendeu as matinês de carnaval que ocorreriam neste domingo.
A área social do clube foi a mais afetada, incluindo piscinas, quadras de tênis e áreas administrativas. No Estádio, a área de imprensa e de algumas empresas concessionárias com espaço no Morumbi foram afetadas. O clube está agora, segundo nota, “trabalhando intensamente para identificar os locais atingidos e começarem o trabalho de retirada da água. O clube ainda está avaliando as áreas afetadas e o grau dos danos”.
O São Paulo jogará neste domingo contra o Bragantino, pelo Campeonato Paulista, mas a partida será realizada em Bragança Paulista.
A sede do São Paulo vive com alagamentos há muitos anos. Antes do atual episódio, o mais grave havia sido registrado em 2013. O problema é que nas cercanias do clube passa o côrrego Antonico, canalizado na região do São Paulo. Com fortes chuvas e sem piscinão, ele tem registrado mais casos de transbordamento nos últimos anos. Questionado pelo GLOBO sobre obras na região e o pedido de intervenção do poder público, o clube afirmou que não poderá responder a estes questionamentos neste domingo, pois a prioridade está concentrada em limpar o clube e conhecer a gravidade dos danos.
Mais estragos
Moradores de ruas perto do clube — que fica ao lado do estádio — também sofreram com a situação: a água chegou a dois metros de altura em alguns pontos. Outros pontos da capital também registraram alagamentos — os bombeiros receberam mais 140 chamados de ocorrências relacionadas com enchentes. A cidade ficou em estado de atenção por mais de três horas.
No Terminal Bandeira, no Centro, o embarque e desembarque de passageiros ficaram impedidos porque os ônibus não chegavam ao local devido aos alagamentos.