Após tumulto entre promotoria e defesa, juiz expulsa público do julgamento do caso Valério
Mais cedo, o magistrado já tinha dito que não admitiria interferência do público
Com Larissa Feitosa
O juiz Lourival Machado expulsou todas as pessoas que acompanhavam o julgamento do caso Valério Luiz, nesta quarta-feira (9), após uma troca de acusações entre a Promotoria de Justiça e o advogado de defesa dos acusados, Thales Jayme, que culminou em nova interferência do público. “Todos para fora, é determinação minha. Eu que presido a sessão. Eu já tinha alertado, aqui não é circo.”
Mais cedo, o magistrado já tinha dito que não admitiria interferência do público. Durante a discussão recente, houve nova intervenção e o juiz determinou a expulsão de todos, exceto a imprensa e os que estivessem trabalhando.
Durante a saída, era possível ouvir um homem gritando que o juiz cometia “abuso de autoridade”. Apesar dos protestos, todos foram retirados. Os debates, que estavam com a defesa nesta tarde, foram paralisados, mas já retornaram.
A confusão se iniciou depois que Jayme disse que o depoimento de Marcus Vinícius foi colhido “na calada da noite” pelo Ministério Público. Marcus Vinicíus é acusado de emprestar a moto, capacete e camisa para Ademá Figueiredo cometer o crime contra o radialista.
Ao todo, cinco são os acusados pela morte do radialista Valério Luiz: Maurício Sampaio, Ademá Figueiredo Aguiar Filho, Urbano de Carvalho Malta, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier. Ele foi morto a tiros em 5 de julho de 2012.
O crime teria ocorrido por críticas constantes do jornalista à diretoria do Atlético Goianiense. Sampaio, que era vice-presidente, é acusado de ser o mandante. Ademá seria o executor, conforme a denúncia.
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