MAU CHEIRO

Após vazamento, perícia calcula volume de óleo que chegou a córrego em Aparecida

Peritos analisam o tamanho do impacto ambiental causado pelo vazamento do óleo

Vazamento em usina provoca mau cheiro em bairros do Sudeste de Goiânia e setores de Aparecida (Foto: Divulgação/Defesa Civil)

Agentes da Defesa Civil e a Polícia Civil investigam a quantidade de óleo que tinha no tanque da empresa de asfalto para mencionar o quanto da substância caiu no córrego Santo Antônio após a explosão de uma caldeira na madrugada de quinta-feira (10). Fiscais ambientais e policiais estiveram na empresa para continuar com as vistorias nesta sexta (11).

Segundo o gestor ambiental e geógrafo da Defesa Civil de Aparecida, Juliano Cardoso, o objetivo da fiscalização de hoje foi entender quais medidas foram negligenciados pela empresa e os impactos que o vazamento causou, como dimensionar a profundidade que o óleo entrou no solo e se animais da região foram atingidos.

Além disso, notas fiscais de compra de produtos e documentais da empresa também são analisadas. A defesa busca ainda identificar o engenheiro ou o responsável químico do local para esclarecimentos.

Riscos de contaminação

Apesar do córrego desaguar no Rio Meio Ponte, que é uma central de abastecimento de Goiânia e região metropolitana, a Saneago afirma que não há riscos de contaminação já que o vazamento “ocorreu muito abaixo do ponto de captação da Companhia no Rio Meia Ponte” e, por isso, “não interfere na qualidade da água tratada distribuída à população”.

As equipes de fiscalização vão elaborar um laudo técnico para avaliar os danos ambientais causados e, caso constate tais danos, a empresa será responsabilizada.  Por não ter licença para atuar, a empresa foi notificada, autuada e continua interditada.

Mau cheiro

O vazamento do produto ocorreu após um problema mecânico no sistema. O óleo derramou sobre o motor e a queima dele, liberou a fumaça e o odor sentido pelos moradores da região Leste de Aparecida e Sudoeste de Goiânia. O local divide área com a Pedreira Araguaia, mas a pedreira reforça que não tem vínculos com a empresa.

O mau cheiro se espalhou por essas regiões e foi a partir dos relatos dos moradores que a situação começou a ser investigada.

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