Aprovação de Mendonça foi a mais apertada entre atuais ministros do STF
Na CCJ do Senado, só Gilmar Mendes teve placar menos favorável por sua aprovação
Aprovado nesta quarta-feira (1º) como novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), André Mendonça, 48, teve o pior nível de apoio no plenário do Senado, quando comparado a votação dos atuais ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O nome de Mendonça, ex-advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, foi referendado por 47 votos a favor e 32 contra —houve duas ausências dentre os 81 senadores.
Até então, o menor número de votos favoráveis no plenário era do ministro Edson Fachin, aprovado com o placar de 52 votos a 27. Já considerando a votação na CCJ, em que o placar de Mendonça foi de 18 votos favoráveis e 9 contrários, apenas Gilmar Mendes obteve menos apoio: foi aprovado na comissão com 16 votos a 6.
Quanto a votos contrários, nenhum dos atuais ministros tinha alcançado a marca de 9 votos. Os piores resultados, neste aspecto, eram de Fachin e Alexandre de Moraes, ambos com 7 votos desfavoráveis na CCJ. O outro nome indicado por Bolsonaro, Kassio Nunes Marques foi aprovado com o placar de 57 votos a 10, no plenário, e por 22 votos a 5, na CCJ.
Mais cedo nesta quarta-feira, Mendonça foi sabatinado por oito horas pela Comissão de Constituição e Justiça. Em seguida, os membros da comissão confirmaram a indicação por 18 votos a favor e 9 contra.
Mendonça vai se tornar o segundo ministro do STF indicado pelo presidente Jair Bolsonaro. No ano passado, o Senado aprovou o segundo nome enviado pelo mandatário, o do atual ministro Kassio Nunes Marques.
As sabatinas dos atuais ministros do STF, nas últimas décadas:
2002
Gilmar Mendes – 4 horas e 39 minutos
Aprovado na CCJ por 16 votos a 6. No plenário, por 57 votos a 15
2006
Ricardo Lewandowski – 2 horas e 23 minutos
Aprovado na CCJ por 21 votos a 1. No plenário, por 63 votos a 4
Cármen Lúcia – 2 horas e 11 minutos
Aprovada na CCJ por 23 votos a zero. No plenário, por 55 votos a 1
2009
Dias Toffoli – 7 horas e 44 minutos
Aprovado na CCJ por 20 votos a 3. No plenário, por 58 votos a 9
2011
Luiz Fux – 3 horas e 58 minutos
Aprovado na CCJ por 23 votos a zero. No plenário, por 68 votos a 2
Rosa Weber – 6 horas e 31 minutos
Aprovada na CCJ por 19 votos a 3. No plenário, por 57 votos a 14
2013
Luís Roberto Barroso – 7 horas e 22 minutos
Aprovado na CCJ por 26 votos a 1. No plenário, por 59 votos a 6
2015
Edson Fachin – 12 horas e 39 minutos
Aprovado na CCJ por 20 votos a 7. No plenário, por 52 votos a 27
2017
Alexandre de Moraes – 11 horas e 39 minutos
Aprovado na CCJ por 19 votos a 7. No plenário, por 55 votos a 13
2020
Kassio Nunes Marques – 9 horas
Aprovado na CCJ por 22 votos a 5. No plenário, por 57 votos a 10
2021
André Mendonça – 8 horas
Aprovado na CCJ por 18 votos a 9. No plenário, por 47 votos a 32