ATIVIDADE ILEGAL

Arena de rinha de galo flagrada em Bonfinópolis tinha até restaurante

No local, foram flagradas cerca de 60 pessoas. Entre elas, um oficial do Exército e um oficial de Justiça do Mato Grosso

Uma rinha de galos flagrada pela Polícia Militar (PM) no início da tarde do último sábado (28), em Bonfinópolis, interior de Goiás, chamou a atenção dos policiais pela enorme estrutura montada para a atividade ilegal. Além de mais de 60 galos e da presença de um oficial de Justiça do Mato grosso e de um oficial do Exército entre os apostadores, a PM encontrou uma arena de alvenaria construída para a rinha, que contava até com um restaurante para os envolvidos no esquema.

Segundo informações do tenente Gustavo, do 7º Batalhão da Polícia Militar (BPM), um equipe de 20 policiais chegou ao local, uma chácara na zona rural de Bonfinópolis, por volta de meio-dia do sábado, após receber uma denúncia quanto às atividades do lugar. A PM contabilizou cerca de 60 pessoas presentes e 65 animais, mas conforme o tenente, ao perceberem a presença da polícia, vários apostadores e donos de galos conseguiram fugir, levando seus animais.

O militar conta que a arena da rinha, uma grande estrutura de alvenaria, havia sido inaugurada no local há cerca de 3 anos e era apelidada de ‘Coliseu’, contando com restaurante e pontos de venda de bebidas e remédios para os galos, além de acessórios como esporas de acrílico, para potencializar os danos da rinha das aves. No entanto, a rinha em si já era realizada naquele ponto há décadas, chegando a ser conhecida, segundo o tenente, como uma das maiores do Centro-Oeste.

Cinco galos já haviam brigado quando a polícia chegou e, conforme o tenente Gustavo, alguns já estavam bastante machucados. “Tinha um que estava com os dois olhos furados e o pescoço todo machucado”, detalha.

Militar e oficial de Justiça foram flagrados na rinha

Ainda conforme a PM, entre as 60 pessoas encontradas no local, havia um oficial de Justiça do Estado do Mato Grosso e um oficial do Exército. Aos policiais, eles negaram ser apostadores e disseram que estavam apenas assistindo.

O proprietário da fazenda não foi encontrado. Segundo a PM, todos os presentes foram levados para a delegacia, onde um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi feito. O documento deve ser encaminhado ao Poder Judiciário.

A reportagem do Mais Goiás tentou contato com o Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso (TJ-MT) e com o Exército Brasileiro, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto.