Arquiteta é condenada a mais de 67 anos de prisão pela morte dos pais, em Brasília
De acordo com o Uol, o julgamento da arquiteta se tornou o mais longo da história do DF, com mais de 103 horas de duração
A arquiteta Adriana Villela foi condenada a 67 anos e seis meses de prisão pela morte dos pais, em Brasília (DF), na tarde desta quarta-feira (2). O julgamento durou 103 horas e se tornou o mais longo da história do Distrito Federal. A pena deverá ser cumprida em regime fechado.
De acordo com o Uol, Adriana foi condenada pelas mortes do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Guilherme Villela, e a advogada Maria Carvalho Villela. Ela também teria mandado matar a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva.
Advogado da réu, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que vai recorrer da sentença. Adriana nega que tenha mandado executar os crimes. Por ser ré primária e não ter sido condenada por outro crime, ela tem o direito de recorrer a sentença em liberdade.
A morte dos pais da advogada
O crime ocorreu em 29 de agosto de 2009 e ficou conhecido como o Crime da 113 Sul, em referência à quadra que as vítimas moravam. Eles foram mortos a facadas dentro do apartamento que viviam na capital federal.
O julgamento da arquiteta teve início no último dia 23 de setembro. A previsão era que todo o processo durasse cinco dias, mas dobrou o tempo e ultrapassou 100 horas de duração. Só na tarde desta quarta-feira (2), ela foi interrogada pelo juiz por quase sete horas.
Além da arquiteta, outras três pessoas foram condenadas pelo crime: Leonardo Campos Alves, Francisco Mairlon e Paulo Cardoso Santana. Eles foram acusados de executarem os crimes e tiveram penas que vão de 55 a 62 anos de prisão. Os julgamentos ocorreram entre 2012 e 2016.