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Arritmia cardíaca em jovens: quais são as causas e como evitar?

Zagueiro Juan Izquierdo, de 27 anos, está internado após sofrer uma arritmia durante um jogo

O zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional, do Uruguai, está internado desde o dia 22 após sofrer uma arritmia cardíaca durante um jogo. O boletim médico divulgado no domingo (25) aponta que o jogador de 27 anos teve uma piora em seu quadro de saúde e segue em cuidados intensivos. O problema cardíaco do atleta acende um alerta: a arritmia cardíaca não tem idade, ela pode atingir jovens e atletas. Mas quais são as causas da arritmia e como evitar?

O que é a arritmia cardíaca?

A arritmia cardíaca é quando o coração bate fora do ritmo normal, podendo ser rápido, lento ou irregular. Embora seja mais comum em pessoas mais velhas, pode afetar jovens por diferentes razões.

Em atletas, como Juan Izquierdo, o excesso de exercício pode desencadear arritmias. O esforço intenso pode alterar o coração, criando pequenas cicatrizes que interferem nos sinais elétricos do órgão.

Segundo Alexsandro Fagundes, cardiologista e Presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, a arritmia é mais comum em pessoas idosas com problemas cardíacos, mas jovens, especialmente atletas, também podem ser afetados, principalmente devido a alterações genéticas ou estruturais do coração.

Além do exercício excessivo, fatores como estresse, ansiedade, uso de álcool, drogas e bebidas energéticas podem aumentar o risco de arritmia em jovens.

Os sintomas mais comuns incluem palpitações, falta de ar e dor no peito. Em casos graves, a arritmia pode levar a insuficiência cardíaca ou AVC. Diego Gaia, cirurgião cardiovascular, explica que arritmias lentas podem causar desmaios e tonturas, enquanto as rápidas causam palpitações e sensação de coração acelerado.

Para diagnosticar a arritmia, exames como eletrocardiograma e Holter são realizados.

Tratamento e como evitar?

O tratamento depende da causa e gravidade. Em muitos casos, mudanças no estilo de vida, como reduzir o estresse e evitar substâncias estimulantes, são suficientes. Medicamentos ou procedimentos como cateterismo também podem ser necessários.

Gaia ressalta que muitas arritmias podem ser tratadas com medicação, cateterismo ou marcapasso. Exames preventivos e avaliação familiar são fundamentais.

Para prevenir a arritmia, é importante manter um estilo de vida saudável, evitar substâncias nocivas e fazer exames regulares. Atividades físicas moderadas, com acompanhamento profissional, também são recomendadas. Leandro Costa, cardiologista, destaca a importância de avaliações regulares, principalmente para quem tem histórico familiar, além de manter uma boa hidratação, alimentação saudável e evitar estimulantes.

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