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Percebo muitas pessoas dizendo das dificuldades do mercado da propaganda. O quanto as oportunidades são escassas. O quanto falta qualificação aos nossos profissionais. O quanto são baixos os salários e as remunerações. Enfim, quanto… quanto… quanto!
Mas, será mesmo que nosso mercado é tão ruim assim ou nós mesmos, profissionais de propaganda, não buscamos aumentar o nosso resultado coletivo, metas do mercado em que atuamos, valorização da área que escolhemos para dedicar a maior parte dos nossos dias e, mais ainda, das nossas vidas.
Participo de diversos grupos da propaganda, desde os bate-papos físicos até os virtuais, como grupos de WhatsApp, em que o objetivo é a troca de informações. São inúmeras as reclamações, como as que mencionei acima, aqui neste texto. Mas, ao mesmo tempo, vejo o quanto falta a nós, profissionais de propaganda: união, preocupar-se com o outro e retribuição.
Se o mercado está bom e aquecido, todos ganham. Se o mercado está ruim, muita gente perde. É um ciclo. Conhecemos diversos agrupamentos como associações, clubes, grupos e sindicatos, dentre outros, que trabalham incansavelmente com pesquisas, eventos de relacionamento, eventos de qualificação e outras formas de promoção do mercado da propaganda e da comunicação.
Para citar as recentes dos últimos anos em Goiás, lembro a criação da ABRADi; a retomada do Clube de Criação; a criação da APP; as insistentes tentativas de reintegração do Grupo de Mídia; além do trabalho da ABAP, FORCOM, SINAPRO, SINDICOM, dentre outras, também muito importantes.
Mas, quantos de nós temos investido ao menos três horas por mês a participar destas iniciativas? Mais do que ajudar o mercado, ao estar inserido em atividades como estas, aumentamos a nossa performance como profissionais, potencializamos nosso networking e ganhamos com recompensas não tangíveis e tangíveis.
Aproveito este espaço para conclamar a todos os profissionais de propaganda para que busquemos crescer ainda mais. Nosso país atravessa um momento de muita instabilidade econômica e política. Nossa criatividade e união são um dos fatores que podem nos ajudar a sairmos deste período de regressão.
A poucos dias, Nizan Ganaes escreveu num artigo que “a crise é brava, é dura, mas temos de ser mais duros e inteligentes do que ela”. E questiono. Quem, melhor que nós, para neste momento fazer do limão uma limonada que refrescará os dias quentes goianos?
Edy Medrado
É Presidente da APP Goiás. Profissional de Propaganda, Jornalista, Gestor Executivo de Negócios e Practitioner em PNL com experiência em e-commerce, jornalismo, marketing e publicidade nas principais mídias.