ELEIÇÕES 2020 | ANÁPOLIS

“As pessoas votam no melhor candidato, não no partido”, diz Antônio Gomide

Petista diz há 'fake news' na campanha de Roberto Naves e que luta contra a máquina administrativa nas eleições municipais

Desistência de Gomide provoca reviravolta no cenário eleitoral de Anápolis

O candidato a prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), disse, em entrevista à Rádio Sagres FM na manhã desta segunda-feira (23), que a eleição municipal é travada contra a máquina administrativa gerida pelo atual prefeito Roberto Naves (PP). “Tivemos mais de 50 mil votos, contra a máquina, que dispensa licitação e distribui cesta básica na cidade”, acusou.

Segundo o petista, uso de recursos da prefeitura em campanha desequilibra o cenário eleitoral. Além disso, também atribui a ‘fake news’ a derrota no 1º turno. Segundo Gomide, o adversário tenta ligar o nome dele a pontos negativos do Partido dos Trabalhadores em nível nacional. No entanto, para ele, o debate tem que ser regionalizado, já que se trata de eleição municipal.

“Se for para discutir partido vemos que o do atual prefeito, que está no PP, é um mais corruptos. Inclusive com prisões no estado. Queremos que o foco [das discussões estejam] dentro daquilo que estamos disputando para fazer uma gestão de 4 anos. As pessoas votam no melhor, não no partido. E a Justiça condena. Eu fui gestor e não tive contas reprovadas, não tive nenhum escândalo”, afirmou.

Virada

Após liderar as pesquisas de intenção de voto durante boa parte da campanha, Gomide obteve 50.843 votos, o que totalizou 28,87%. Ficando atrás de Naves, que teve 82.139 dos votos e representa 46,64% dos votos válidos.

Neste sentido, é preciso de uma virada para que Gomide volte a ser prefeito de Anápolis. O que é bem difícil. Mas o petista diz não ser impossível e cita que já houve viradas na cidade e que há histórico de surpresas nas eleições anapolinas. Por isso, luta para que haja “esclarecimentos”, sobretudo contra o que considera ser ‘fake news’.

“O que temos de forte na cidade é nosso nome. Na oportunidade que tive como prefeito, a autoestima era muito alta e deixamos muitas obras. O que vemos hoje é discurso de ódio, em que tentam ligar meu nome com a questão partidária. Estamos buscando, por isso, esclarecimento junto a população”, apontou.

“Tive aprovação de 90% na minha gestão, ando na cidade de cabeça erguida, onde vou, em qualquer bairro, têm duas ou três obras. Quero comparar aquilo que fiz com o atual prefeito. Esse é o debate. Mas a máquina administrativa está sendo colocada à disposição do prefeito, que está distribuindo não só ‘fake news’, mas cestas básicas.”, continuou.