Um assalto violento a um posto de gasolina na noite desta terça-feira (4) assustou a população de Cristianópolis, cidade a 90 quilômetros de Goiânia. Os bandidos usaram barros de ferro, uma marreta e até um caminhão para quebrar um cofre que fica localizado entre as bombas de combustível.
A proprietária da lanchonete do posto, Sirlene Silva, tinha encerrado o expediente e estava em casa com o marido e os filhos de 7 e 15 anos. Ela já se preparava para dormir quando começou a ouvir tiros. “Eu desliguei as luzes e deitei, foi quando eu escutei um estouro parecendo de pneu de caminhão. Aí eu falei para o meu marido, é tiro, é tiro!”, conta, ainda assustada.
Segundo a empresária, os bandidos alvejaram a casa dela diversas vezes e gritavam para que eles não saíssem de lá. “Eles gritavam ‘não sai de casa’ e não paravam de dar tiros na parede da minha casa. Aí eu lembrei que meu filho estava dormindo no rumo dos tiros. Fui lá e puxei ele da cama e joguei no chão. Peguei o outro e levei para o quarto, e falei para o meu marido: vamos rezar, agora só podemos rezar para eles não arrombarem a porta.”
Os bandidos usaram uma marreta para tentar derrubar o cofre, que é fixado ao chão. Como não tiveram êxito na ação, os assaltantes então renderam um motorista de caminhão que estava dormindo no posto e o obrigaram a dar ré e bater contra o cofre. “Eles bateram com a marreta no cofre umas quatro vezes, mas eles não deram conta. Aí a gente escutou o barulho do caminhão dando ré, aquele apito do caminhão dando ré. Aí a gente escutou só barulho”, relatou Sirlene.
A empresária ainda conta que teve que se esconder debaixo de cobertas para ligar para a polícia, pois os assaltantes atiravam cada vez que viam a luz do celular ligada. “Eu liguei pro Copom de Bela Vista duas vezes. Aí ele não vinham e eu liguei de novo. De repente parou o barulho e nós escutamos o barulho de uma moto e um carro indo embora.”
De acordo com a proprietária do posto de gasolina, os bandidos conseguiram levar o cofre e destruíram os computadores e a estrutura do local.
Sirlene ainda conta que a Polícia Militar chegou no local momentos após a saída dos criminosos do posto de gasolina, mas os policiais alegaram que a busca era inviável.”Ele[o motorista] disse que eram seis ou sete homens armados e encapuzados. Mas a polícia disse que não adiantava mais porque dali eles poderiam seguir para várias caminhos. Aqui tem várias estradas de chão que dá para várias cidades pequenas, e eles estavam em uma viatura só e não tinha como eles fazerem essa perseguição”, explicou a empresária.
O tenente-coronel Ricardo Mendes, chefe da assessoria de comunicação da PM, porém, refuta a declaração. “A PM além de repassar a informação para todo efetivo de serviço à equipe também realizou o patrulhamento nas proximidades”, disse.
Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Bela Vista, mas ainda não há pistas sobre a autoria do crime.