EFEITOS

Associação estima alta no preço do pão francês e macarrão por causa da guerra na Ucrânia

Abimapi não informou data e nem de quanto será aumento para os produtos que dependem da exportação de trigo

Associação estima alta no preço do pão francês e macarrão por causa da guerra na Ucrânia (Foto: Pixabay)

A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) informou nesta segunda-feira (14), que os preços dos produtos devem subir nas próximas semanas. No entanto, não há previsão de data e de quanto será esse aumento. A entidade aponta que por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, os embarques dos dois países, que respondem por 30% das exportações mundiais de trigo, estão suspensos.

“A Rússia é o maior exportador de trigo do mundo e tem sido afetado economicamente pelo conflito com a Ucrânia – juntos, os dois países respondem, em média, por 30% das exportações mundiais de trigo”, aponta a nota.

Além da queda na oferta de trigo, fator da alta dos preços, “o desabastecimento tem a ver com dificuldades logísticas – a guerra fechou portos, interrompeu o transporte – e com a queda da produção ucraniana da commodity”, completou documento divulgado nesta segunda.

A associação aponta que o Brasil produz menos da metade do trigo consumido e precisa importar grandes quantidades do grão de países do Mercosul – sobretudo da Argentina –, do Canadá e dos Estados Unidos.

“A elevação do preço do grão, impacta diretamente os valores de produção para os fabricantes das categorias representadas pela Abimapi. Nas massas, em média, 70% do custo é de farinha. Nos biscoitos, o peso é de 30%, e nos pães e bolos industrializados, de 60%”, destaca.

Alta nos preços

A nota da Abimapi diz que os fabricantes vão começar a sentir a disparada da cotação do trigo e isso será repassado aos consumidores.

“O consumidor brasileiro deve começar a sentir os efeitos em breve, quando as indústrias comprarão as novas safras. As indústrias estão com estoques relativamente curto, pois estão no início da entressafra de trigo, lembrando que o produto acabado também não tem estoques e que varia muito de empresa para empresa. De todo modo, este repasse tende a ser gradual, pois não há espaço para elevar os preços de uma só vez para o consumidor final”, afirma.

Com informações do Uol