Ataque de Israel mata 20 palestinos em escola da ONU
No dia 24 de julho, um disparo atingiu outra escola da ONU na Faixa de Gaza matando cerca de 15 palestinos
Um ataque israelense matou 20 palestinos refugiados na manhã desta quarta-feira em uma escola da ONU no norte da Faixa de Gaza, informaram os serviços de emergência. Disparos de tanques atingiram em cheio duas salas de aula da escola da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, no campo de Jabaliya, revelaram os serviços de emergência.
Um responsável da UNRWA confirmou a morte de ao menos 15 pessoas. Muitos civis palestinos se refugiaram nas escolas da UNRWA, especialmente em Jabaliya, após a advertência do Exército hebreu sobre a possibilidade de bombardeios em massa contra seus bairros.
No total, cerca de 180 mil habitantes do território palestino estão refugiados, em condições muito precárias, nas 83 escolas geridas pela UNRWA.
No dia 24 de julho, um disparo de artilharia atingiu outra escola da ONU na Faixa de Gaza, em Beit Hanun, matando cerca de 15 palestinos. O Exército israelense negou sua responsabilidade no incidente.
Israel acusa o movimento islâmico Hamas de usar a população como escudo humano para proteger seus arsenais e centro operacionais instalados em igrejas, mesquitas e escolas da Faixa de Gaza.
Na madrugada desta quarta, a aviação de Israel matou oito palestinos de uma mesma família na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, informaram os serviços de emergência. Os ataques aéreos de Israel também atingiram três mesquitas, na cidade de Gaza, no campo de refugiados de Shati e em Rafah na madrugada desta quarta, segundo os serviços palestinos de segurança.
Na terça-feira, os bombardeios de Israel foram os mais violentos em dias, matando cerca de 100 pessoas, especialmente na Cidade de Gaza, no campo de Bureij (centro), em Jabaliya (norte) e na região de Rafah (sul).
No total, já chega a 1.260 o número de palestinos mortos desde o início da ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza, no dia 8 de julho, segundo Ashraf al-Qudra.
Cinquenta e três soldados israelenses morreram desde o início da operação “Barreira Protetora”, o registro mais pesado desde e guerra contra o Hezbollah libanês em 2006.