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Ativista brasileira pelos direitos das prostitutas é eleita uma das 100 mulheres mais influentes do mundo

Lourdes Barreto é referência na defesa de políticas públicas, liberdade sexual e combate à violência contra mulheres

A ativista Lourdes Barreto, de 80 anos, foi eleita uma das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo em 2024 pela BBC. Pioneira na luta pelos direitos das prostitutas no Brasil, Lourdes é fundadora da Rede Brasileira de Prostitutas e referência na defesa de políticas públicas, liberdade sexual e combate à violência contra mulheres.

Natural da Paraíba, Lourdes deixou sua casa aos 14 anos após ser vítima de violência sexual. Anos depois, fixou residência em Belém, no Pará, onde liderou movimentos em defesa da educação sexual e na prevenção do HIV/Aids. Em 1987, ao lado de Gabriela Leite, fundou a primeira organização nacional de prostitutas na América Latina e ajudou a instituir o Dia Internacional da Prostituta, celebrado em 2 de junho.

A trajetória de Lourdes ganhou ainda mais destaque em 2024 com o lançamento de sua autobiografia, Lourdes Barreto: Puta Biografia, além de homenagens como o samba-enredo da escola Piratas da Batucada e o espetáculo teatral “Nas Brenhas”. Sua luta pela visibilidade das trabalhadoras do sexo também foi retratada na série documental Puta Retrato – Trabalhadoras Sexuais, exibida pelo Canal Brasil.

A eleita uma mulheres mais influentes do mundo divide espaço na lista da BBC com outras brasileiras notáveis, como a ginasta Rebeca Andrade e a bióloga Silvana Santos, que descobriu a síndrome de Spoan. O reconhecimento reforça a relevância de sua trajetória marcada por coragem e militância. “Eu sou puta”, frase tatuada em seu braço, simboliza a força e o orgulho com que carrega sua causa.