Ato em defesa da Receita Federal e dos auditores fiscais é realizado em Goiânia
Movimentação ocorre ao longo do dia em diversas capitais brasileiras. Em Goiás, participaram cerca de 60 pessoas
Na manhã desta quarta-feira (21) cerca de 60 auditores fiscais participaram do “Dia Nacional do Luto”, na Delegacia da Receita Federal em Goiânia. A manifestação foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) e ocorre em diversas capitais brasileiras ao longo do dia. Em Anápolis também houve um ato que reuniu 30 pessoas.
Os trabalhadores protestam contra as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) que vão contra a Receita Federal. Segundo o sindicato, as medidas prejudicam o trabalho do órgão e de toda a classe.
“Os poderes judiciário e legislativo estão querendo intimidar o trabalho da Receita Federal. Inclusive já afastaram dois auditores que estavam investigando pessoas do alto escalão desses dois poderes”, afirma o auditor fiscal Paulo Roberto Ferreira, que é vice-presidente da Delegacia Regional Sindifisco Nacional em Goiânia.
Isso porque o TCU teria intimado que a RF entregasse uma lista com os nomes dos auditores que trabalharam em investigações nos últimos cinco anos. “Os Auditores de todo país estão de luto pelas interferências que têm sofrido no seu trabalho”, diz.
Entenda
As fiscalizações focadas a parentes e empresas de ministros do STF foram suspensas pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 1º de agosto. Ele ainda determinou que todos os documentos relacionados à investigação fossem entregues à Corte.
Além disso, o ministro do TCU, Bruno Dantas, estipulou que a Receita entregue em um prazo de 15 dias o número de processos bem como os auditores envolvidos das investigações dos últimos cinco anos. Em todas as fiscalizações que envolvam membros e ex-membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciários federais.
Nesse contexto, o Sindicato dos auditores fiscais federais viram tais medidas como forma de intimidação. Assim, orientou que os servidores paralisassem suas atividades e se posicionassem em favor do exercício plenos de suas atribuições.
Paulo afirma que a categoria vai continuar a luta em favor dos auditores e da possibilidade de realizar uma fiscalização justa. “Ninguém está acima da lei e por isso todos estão sujeitos a fiscalizações por parte da Receita,” finaliza.