Auxílio emergencial só consegue comprar 23% dos itens da cesta básica
A combinação de cortes no valor e inflação fizeram com o que o benefício perdesse cerca de 78,7% do poder de compra
O valor do auxílio emergencial só consegue comprar 23% dos itens da cesta básica. A combinação de cortes no valor e inflação fizeram com o que o benefício perdesse cerca de 78,7% do poder de compra na capital paulista.
Em 2020, as famílias recebiam R$ 600 ou R$ 1.200, dependendo do caso. Com o valor mínimo (R$ 600), dava para comprar uma cesta completa de itens essenciais para a alimentação familiar (R$ 556,25), e ainda sobrava um pouco.
O auxílio sofreu cortes e, agora, paga R$ 150, R$ 250 ou R$ 375. Além disso, a cesta básica subiu 16,9%. Os valores da cesta básica são calculados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Valor mínimo: Auxílio emergencial só consegue comprar 23% do itens da cesta básica
Com o valor mínimo de R$ 150, é possível para comprar apenas 23% de uma cesta básica (R$ 650,50), segundo os dados mais recentes, de agosto de 2021.
O valor de R$ 1.200 era pago, no ano passado, para mulheres que sustentam o lar sozinhas. Com ele, era possível comprar duas cestas e ainda sobravam R$ 87,50. Agora, essas mulheres recebem R$ 375, o que compra 58% de uma cesta básica.
Cálculos realizados pelo economista Matias Cardomingo, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).
*Com informações do UOL