Auxílio emergencial vai para o ‘boteco’, diz governador de MG
Benefício estadual é voltado para famílias em extrema pobreza
Ao anunciar o pagamento de um auxílio emergencial estadual de R$ 600 para famílias em situação de extrema pobreza de Minas Gerais, o governador do estado, Romeu Zema (Novo), afirmou saber que parte do dinheiro, “ou quase a totalidade”, vai para o “boteco”.
“Nós sabemos que infelizmente muitas pessoas, ao receber esse dinheiro, não fazem o uso adequado do mesmo, vão para o bar, para o boteco, e ali deixam uma boa parte ou quase a totalidade do que recebeu”, disse o governador durante anúncio do auxílio nesta segunda-feira (4).
O dinheiro será concedido a partir de projeto de lei apresentado por deputados estaduais para enfrentamento aos impactos da pandemia do novo coronavírus. Os recursos começam a ser pagos no dia 14. Segundo dados do governo do estado, 1.079 milhão de famílias vão receber o dinheiro.
Auxílio emergencial é pago de maneira errada, diz governador
O governador disse que o melhor seria que os recursos fossem pagos de forma parcelada. “Muito provavelmente a sua efetividade social teria sido maior”, disse, também durante o anúncio dos recursos.
O estado tentou fazer com que o dinheiro fosse repassado em duas parcelas, mas os deputados aprovaram o projeto com a previsão de pagamento único e o texto acabou sendo sancionado com esse formato.
A assessoria de Zema informou que o governador não faria comentários sobre sua fala em relação ao destino dos recursos por parte das famílias. Para ter direito ao auxílio emergencial, cada grupo tem que ter renda per capita de até R$ 89 por integrante por mês.