Avião de deputado sofre pane seca após ter combustível furtado na BA
O avião do deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) sofreu uma pane seca em um dos…
O avião do deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) sofreu uma pane seca em um dos dois motores, a caminho de Salvador, após 200 litros de combustível terem sido furtados por dois homens, na cidade de Itapetinga, Sudoeste da Bahia (a 576 km da capital baiana), segundo a polícia.
O parlamentar baiano não estava na aeronave, um bimotor modelo Beechcraft Baron, inscrito na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) sob registro PT-OOJ. Apesar do susto, o piloto, que não teve o nome divulgado pela polícia, pousou em segurança em Salvador.
O deputado foi ao município na segunda-feira (12), para participar de um evento público com outros políticos, empresários e secretários do governo estadual, mas retornou de carona para Salvador em outro avião, no mesmo dia.
O piloto da aeronave, no entanto, passou a noite de segunda para terça-feira (13) na cidade baiana, momento em que o vigilante do aeroporto, com um comparsa, aproveitou para subtrair o combustível, segundo o delegado Antônio Roberto Gomes Silva Junior.
Ambos foram presos nesta quinta-feira (15) pela equipe da 21ª Coorpin (Coordenadoria Regional de Polícia de Interior) após o piloto da aeronave comunicar o furto, somente percebido a caminho da capital baiana, quando um dos motores da aeronave parou depois de 40 minutos de voo.
“Logo depois da queixa do piloto, primeiro, fizemos uma busca nas instalações do aeroporto. Depois, fomos à casa do vigilante buscá-lo para nos ajudar. Ele começou a ficar nervoso com as perguntas, até que confessou o crime”, afirmou o delegado.
Após confessar participação no crime, o vigilante ainda mostrou aos policiais a forma como o combustível era retirado da aeronave. “Ele disse que abriu o portão do aeroporto para o comparsa, que estava precisando de dinheiro, entrar com um carro”, descreveu.
De acordo com o delegado, após o furto vir a público, outros pilotos e proprietários também relataram suspeitas de subtração, em menor escala, de outras aeronaves. “Como foi em menores quantidades, não deram por falta, até que o caso veio à tona”, afirmou o delegado.
Segundo as especificações do fabricante, o modelo da aeronave do parlamentar baiano tem capacidade para armazenar 194 galões de combustível, o equivalente a 734 litros. “Se não fosse a capacidade de armazenamento, poderia ter acontecido uma tragédia”, disse o delegado.
Ambos os suspeitos foram ouvidos na delegacia local, mas depois liberados, como prevê a legislação penal brasileira, pois o tempo da prisão em flagrante havia expirado. A reportagem tentou contato com o deputado, mas ele não atendeu às ligações.