MEIO AMBIENTE

Bahia decreta situação de emergência em 73 cidades por incêndios florestais

Com o decreto, ficam suspensas nessas áreas quaisquer atividades capazes de produzir risco potencial de geração de novos focos de incêndio

Fogo também atinge a Chapada Diamantina (Foto: divulgação/SSP-BA)

O governo da Bahia anunciou na noite de sexta-feira (9) que vai publicar, em edição extraordinária no Diário Oficial do Estado, um decreto de situação de emergência em 73 municípios em risco pelos incêndios florestais. Desses, 30 já registram fogo, com destaque para aqueles da Chapada Diamantina, que enfrenta incêndios há dois dias.

Segundo o governo, os municípios estão situados nos Territórios de Identidade Bacia do Paramirim, Bacia do Rio Corrente, Bacia do Rio Grande, Chapada Diamantina e Velho Chico. O decreto entra em vigor a partir da publicação e tem validade inicial de 90 dias.

Com o decreto, ficam suspensas nessas áreas “quaisquer atividades capazes de produzir risco potencial de geração de novos focos de incêndio”. A decisão “visa também amenizar os impactos negativos na saúde da população, no meio ambiente e na economia local”.

O governador Rui Costa (PT) visitou na sexta (9) o município de Itaberaba, na região da Chapada, e afirmou que equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar estão trabalhando nas áreas atingidas. Também estão no local membros do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Bioconservação) e do grupo PrevFogo, ligado ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis).

“Infelizmente, o sol e a seca, às vezes também com imprudência e às vezes com má-fé das pessoas, terminam provocando esses incêndios”, disse o governador.

O combate ao fogo na Chapada conta com cinco aviões fazendo o lançamento de água, além de um helicóptero da Polícia Militar. Bombeiros especialistas também foram convocados para ajudar os que já estão no combate, totalizando 30 militares. Há também brigadistas voluntários atuando.

“O Estado já acionou os órgãos federais para que coloque efetivo suficiente e, se necessário for, peça reforço ao Estado para ajudar nessas áreas”, afirmou Rui Costa.