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A balança comercial goiana atingiu em agosto um superávit de US$ 186,4 milhões, o que significa que no último mês a diferença entre as exportações e importações foi positiva. Enquanto foram exportados US$ 647 milhões, as importações ficaram no patamar dos US$ 460,6 milhões. Ao se analisar o saldo acumulado desde o início do ano, a balança comercial atinge US$ 1,9 bilhão em Goiás, o que corresponde um volume sete vezes maior do que o atingido pela balança comercial nacional, que chegou ao acumulado dos oito primeiros meses do ano com US$ 249 milhões.
Quando comparado a agosto do ano passado, houve um recuo de 6,6% no saldo das exportações. Segundo o secretário de Indústria e Comércio, William O’Dwyer, o decréscimo deve-se a um fator atípico evidenciado nas exportações de alguns produtos. “No último ano tivermos a quebra da safra americana de milho e da safra indiana de açúcar, o que proporcionou vendas atípicas de tais produtos, contribuindo para um saldo nas exportações de US$ 693,3 milhões. Ainda esse ano, tivemos um dia útil a menos no mês de agosto. São fatores que contribuíram para esse pequeno decréscimo notado. No entanto, estamos dentro da normalidade”, explica.
A China continua encabeçando a lista dos maiores compradores de produtos goianos, representando 17,34% de tudo que foi vendido em agosto, com destaque para soja, couro, algodão, aves, ferroligas, açúcar e milho. A grande novidade deste mês foi a Arábia Saudita que figura como segunda colocada entre os países que mais compraram produtos goianos, representando 8,06% do que foi vendido. Em seguida, despontam os Países Baixos (6,91%), tendo a Holanda e o porto de Roterdam como entrada para a União Europeia; e a Índia (5,46%) e a Indonésia, outra novidade no ranking, adquirindo 5,21% do total de produtos exportados.
A soja mantém a liderança entre os produtos mais requisitados pelo mercado internacional, com 28%. Carnes em geral aparecem com 20%. “Estamos muito bem respaldados para continuar a aumentar nossas exportações, visto que a Rússia já atestou a qualidade sanitária de nossa produção”, declara o secretário. O milho assumiu a terceira colocação com 16,92%, seguido de sulfeto de cobre (7,46%), ferroligas (7,12%), couros (6,02%) e açúcar (3,95%).
Já as importações somaram US$ 460,6 milhões, um avanço de 7,4% quando comparado ao mesmo período do ano passado. “O aumento das nossas importações deve-se ao melhor aparelhamento das nossas indústrias farmacêutica, automobilística e agropecuária. Portanto, estamos importando mais para produzirmos mais”, analisa. Os insumos farmacêuticos representaram 34,74% dos produtos comprados; seguido de acessórios e veículos automotores e tratores com 19,21%. Adubos e fertilizantes ficaram em terceiro lugar com 12,15%, seguido de caldeiras, máquinas e instrumentos mecânicos com 9,35%.
A Alemanha ficou em primeiro lugar entre os países que mais venderam à Goiás (23,48%), devido aos insumos farmacêuticos ofertados. Estados Unidos aparecem em segundo lugar com 15,63%, Japão com 11,88%, Coreia do Sul com 8,09% e China com 6,45%.