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Bebê nasce com anticorpos contra Covid após mãe ser vacinada em SC

Um bebê nasceu com anticorpos contra a Covid-19 em Tubarão, no estado de Santa Catarina.…

Um bebê nasceu com anticorpos contra a Covid-19 em Tubarão, no estado de Santa Catarina. A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do município. A mãe da criança, Talita Mengali Izidoro, que trabalha em um posto de saúde da cidade, foi vacinada quando estava com 34 semanas de gestação.

Enrico nasceu no último dia 9 de abril e foi submetido a um teste de anticorpos dois dias depois. O resultado foi que a criança estava com 22% de anticorpos na amostra analisada. “Ficamos felizes e emocionados e que sirva de incentivo à outras gestantes. É uma dose de esperança a todos”, afirma a mãe do bebê.

O exame foi avaliado por diferentes médicos, incluindo o secretário municipal de saúde, o obstetra que acompanhou a criança, a mãe de Enrico e os profissionais do laboratório onde o teste foi submetido.

O secretário de Saúde da cidade, o médico Daisson José Trevisol, esse primeiro caso documentado da região. “É o primeiro caso de Tubarão sem dúvida nenhuma e na região também. Provavelmente seja o primeiro caso em Santa Catarina”, declarou Daisson.

O teste de neutralização do Sars-COV-2 foi feito com amostras de sangue da criança por um laboratório catarinense e encaminhado para análise fora do Estado. O resultado foi que as amostras eram reagentes, ou seja, tinha anticorpos contra o vírus. O exame foi encaminhado aos especialistas, que confirmaram a situação.

A situação levou a produção de um artigo científico no programa de pós-graduação de uma universidade na região para documentar a descoberta e publicá-la.

Vacina

Talita contou que foi imunizada em fevereiro com a CoronaVac, vacina feita pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A decisão de se imunizar veio após muita conversa com o obstetra que acompanhava.

“Foi feito com a Coronavac, que é de vírus inativado e eu tomei no terceiro trimestre, que é quando o bebê já está formado e os riscos diminuiriam ainda mais. Meu obstetra foi fundamental a decisão e me deixou super tranquila. Na época o Ministério da Saúde recomendava que as gestantes só poderiam tomar se tivessem com atestado recomendando e se tivesse na linha de frente como, aconteceu comigo”, explicou a mãe de Enrico.

Talita não foi contaminada pelo vírus nem antes ou durante a gravidez. Após 15 dias da primeira dose, ela tomou o reforço. “Não tive medo algum, pois como médica estava na linha de frente e a vacina traria muitos mais benefícios”, relembrou.

*Com informações do G1