Bloqueios de rodovias afetaram comércio na região da rua 44, dizem lojistas
Embora a maioria dos bloqueios em estradas federais e estaduais de Goiás já tenha sido…
Embora a maioria dos bloqueios em estradas federais e estaduais de Goiás já tenha sido desfeita, as interdições em outros estados têm impactado na vinda de caravanas de compras para a Região da 44, em Goiânia. Os bloqueios foram montados ainda na madrugada do dia 30 para 31 de outubro, como protesto de alguns apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro, que não aceitam o resultado da última eleição presidencial.
Diretores da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) esperam que o problema seja resolvido o mais breve possível. De acordo com o presidente da entidade, Lauro Naves, donos e gerentes de hoteis da região há têm feito reclamações, pois estão tendo que cancelar caravanas de ônibus previstas para vir de várias partes do País. Bloqueios têm afetado principalmente as excursões que vêm dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.
“Estimamos que a cada semana que essas caravanas de compras deixam de vir para Goiânia que haja um prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões para nossa região”, afirma o presidente da AER44.
Galileu Pereira, gerente do Hotel Mega Moda, um dos maiores no polo confeccionista em Goiânia, diz que somente nesta quarta-feira (2), em virtude de ônibus que não conseguiram chegar até Goiânia, teve 60% das caravanas previstas para esta semana canceladas. “Infelizmente esses bloqueios estão afetando enormemente a vinda de compradores para a região”, lamenta.
O presidente da AER44 lembra que o problema ocorre justamente na época de maior movimento de compradores, que é o fim de ano, e que a situação tem causado apreensão nos mais de 15 mil lojistas da Região da 44, que estão prontos para receber os turistas de compras.
“As pessoas têm o direto de se manifestar, reconhecemos isso, mas as demais pessoas, sejam as que votaram no candidato A ou B, também têm seu direito de ir e vir, que precisa ser respeitado. Além do mais, esses bloqueios já começam afetar várias cadeias econômicas, como a nossa [da moda]. Defendemos a volta da normalidade”, pontua Lauro Naves.