Bolsonaristas tentam invadir Ministério da Saúde em Brasília – veja vídeo
Grupo força entrada por porta e janelas de vidro do ministério; eles teriam perseguido equipes da imprensa
Um grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro (sem partido) tentou invadir a sede do Ministério da Saúde em Brasília na manhã desta quarta-feira (8). A ação ocorre no dia seguinte aos atos pró-governo e de raiz golpistas promovidos pelo presidente no feriado de 7 de Setembro.
Imagens divulgadas pelo portal Metrópoles mostram o grupo avançando sobre a porta e vidros do ministério. A entrada havia sido fechada às pressas com grades para evitar a invasão. A Saúde ainda não se manifestou sobre a invasão.
Um cinegrafista teria deixado a câmera para trás ao fugir do grupo. O equipamento foi devolvido na portaria da Saúde mais tarde, segundo um integrante da pasta.
Em falas diante de milhares de apoiadores na terça-feira (7) em Brasília e São Paulo, Bolsonaro fez ameaças golpistas contra o STF, exortou desobediência a decisões da Justiça e disse que só sairá morto da Presidência da República.
Apesar de o ato em Brasília ter se dispersado após a fala de Bolsonaro, alguns apoiadores seguem acampados na Esplanada dos Ministérios.
Manifestantes bolsonaristas tentam invadir o Ministério da Saúde.
O Brasil com quase 600 mil mortos, a economia em frangalhos e a horda bolsonarista insiste com seu ímpeto golpista. pic.twitter.com/MZ59Cf5WrG— Pompeo de Mattos (@PompeodeMattos) September 8, 2021
Há também caminhões e outros carros de manifestantes estacionados na região. Estes veículos invadiram a Esplanada dos Ministérios na noite de segunda (6), quando romperam o bloqueio da polícia.
As avenidas da Esplanada seguem fechadas para carros nesta quarta (8).
Algumas faixas de apoiadores levadas ao protesto na terça afirmavam que os grupos só deixariam Brasília após a destituição de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Grupos de bolsonaristas também pressionam um bloqueio montado pela polícia em frente ao Itamaraty. Eles querem ter acesso à via que leva ao prédio do Supremo.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do DF também não se manifestou.