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Bolsonaro afirma que não irá assistir ‘Ainda Estou Aqui’: “Conheço a história melhor que eles”

Filme líder de bilheteria concorre a três estatuetas no Oscar

Defesa de Bolsonaro pede ao STF 83 dias para apresentar resposta à denúncia da PGR
Defesa de Bolsonaro pede ao STF 83 dias para apresentar resposta à denúncia da PGR (Foto: Agência Brasil)

Nesta semana o repórter Daniel Carvalho, da Bloomberg, perguntou a Jair Bolsonaro, se ele assistiria ao filme ‘Ainda Estou Aqui’ e se torceria por Fernanda Torres no Oscar. Como resposta, o ex-presidente desdenhou do longa: “Nem vou perder meu tempo, tenho o que fazer. Conheço a história melhor que eles”. Então tá.

É, mas o filme não precisará da ajuda de Bolsonaro para seguir sua trajetória de sucesso. No Brasil, ‘Ainda Estou Aqui’ já atraiu mais de 3,8 milhões de espectadores. Em Portugal, lidera as bilheteiras. Nos EUA, a arrecadação mais que dobrou na última semana, e o longa será exibido em um número recorde de salas. Vale lembrar ainda suas três indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres).

Bolsonaro afirmou à reportagem da Bloomberg que “gostaria que Paiva estivesse vivo”, mas disse que “a história [no filme] é contada pela metade” e “glamourizada para um lado só”.

Conforme publicado pela Veja, a relação do ex-presidente com os Paiva é antiga. Jair passou parte de sua adolescência em Eldorado Paulista (SP), no Vale do Ribeira, onde a família do ex-deputado Rubens Paiva, cassado pelo regime militar logo após o golpe de 1964, era dona da Fazenda Caraitá e tinha influência sobre a economia e a vida social na cidade.

Quando virou deputado federal, na década de 1990, Bolsonaro foi ao plenário negar que Paiva tenha sido assassinado por militares. Na versão do marido de Michelle, Rubens foi morto por guerrilheiros de esquerda.

Durante a inauguração de um busto em homenagem ao político na Câmara, o então parlamentar cuspiu na estátua, chamando-o de “comunista” e “vagabundo”, segundo relatos de seus filhos.