Bolsonaro atinge menor rejeição desde setembro de 2021, mostra pesquisa Genial/Quaest
Lula viu sua rejeição aumentar no período: passou de 41% para 44%
A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu quatro pontos percentuais de julho a agosto e agora está em 55%, menor patamar desde setembro de 2021, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. No sentido oposto, o atual líder nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), viu sua rejeição aumentar no período: passou de 41% para 44% num intervalo de um mês.
O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, oscilou dentro da margem de erro — que é de dois pontos percentuais — e registrou 53% de eleitores que dizem não votar jamais em seu nome para a Presidência.
A menor rejeição não é a única boa notícia para Bolsonaro. De acordo com o levantamento da Genial/Quaest, houve uma queda de oito pontos percentuais entre aqueles que achavam que a economia brasileira piorou no último ano. O percentual passou de 64% para 56%, número ainda considerado alto, mas que reflete visões menos pessimistas diante da situação econômica.
A ofensiva do presidente da República para descolar seu nome da alta dos combustíveis também parece dar resultados. Em julho, 25% diziam que o aumento dos preços estavam ligados a fatores externos. Agora, esse contingente passou para 34%. Os que culpavam Bolsonaro pelo encarecimento do combustível encolheram de 25% para 21%.
Mesmo entre os eleitores de Lula cresceu a percepção de que os fatores externos influenciaram no encarecimento. Antes, 43% dos eleitores do petistas concordavam com essa justificativa, agora são 38%, queda de cinco pontos percentuais.
Aposta de Bolsonaro para melhorar o desempenho entre os eleitores mais pobres, segmento em que Lula leva vantagem, o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 já se mostra conhecido da maior parte da população. Em apenas um mês, os que dizem já conhecer os R$ 200 a mais no Auxílio Brasil passaram de 61% para 82%. Ou seja, oito em cada dez eleitores têm conhecimento do reajuste. Uma possível redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também chegou aos ouvidos dos eleitores: este mês, 67% dizem saber que Bolsonaro pretende reduzir o imposto, aumento de 22 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
A pesquisa Genial/Quaest fez 2.000 entrevistas presenciais entre 28 e 31 de julho com eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, dentro de um intervalo de confiança de 95%. O levantamento está registrado no TSE com o número BR-02546/2022.