Bolsonaro atrai multidão em Copacabana e sobe no trio com Cláudio Castro
Manifestação acontece dois meses depois de ato realizado na Av. Paulista
(FOLHAPRESS) Jair Bolsonaro (PL) participa hoje de uma manifestação em Copacabana, no Rio, dois meses após atrair uma multidão ao ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo.
Bolsonaro subiu no trio por volta de 10h20; o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), o acompanhou. Ele deixou um hotel na Avenida Atlântica vinte minutos antes, junto do filho Flávio, do pastor Silas Malafaia e outros apoiadores.
Michelle Bolsonaro foi a primeira a falar. Em mais de um momento, ela destacou a importância de 2024 como um ano decisivo por conta das eleições e o papel de destaque do Rio no jogo eleitoral. Ao fim de sua fala, ela convocou os presentes a rezar um Pai Nosso.
O presidente do PL Valdemar da Costa Neto foi vaiado ao citar o nome do senador Romário (PL). Senador foi citado como um dos nomes do partido no Rio. Apesar de ser filiado ao PL hoje, Romário não é visto como um nome alinhado ao bolsonarismo — o que justifica a situação.
Por volta de 9h30, o ex-presidente já estava por Copacabana. Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro, o general Braga Netto (PL) tirava foto com apoiadores. Ele também foi alvo de uma operação da Polícia Federal no último dia 8 de fevereiro por suspeita de atuar em tentativa de golpe de Estado.
Manifestação ocorre em momento com clima diferente ao de fevereiro. À época, o evento em São Paulo ocorreu três dias após Bolsonaro ir à Polícia Federal para depôr na investigação de uma suposta tentativa de golpe de Estado (na ocasião, ele não falou nada aos investigadores). Agora, o apoio de Elon Musk e outros atores internacionais a Bolsonaro contra o STF muda esse cenário.
Ato pode ser fortalecido por falas de Musk contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. “Por que vocês estão pedindo tanta censura no Brasil?”, Musk tuitou no dia 6. Ele respondia a outro tuíte, do ministro Moraes, que, por isso, incluiu Musk entre os investigados do inquérito das milícias digitais.