Bolsonaro desabafa sobre integrantes da Economia: “petistas querem me ferrar”
Presidente torceu o nariz para declarações feitas por secretário-especial sobre programa Renda Brasil
Jair Bolsonaro (sem partido) estaria desconfiado de dois membros de equipe da Secretaria de Economia. “Esses caras trabalhavam com o PT. O Waldery, o Guaranys.. Isso tudo é petista e querem me ferrar“, teria dito o presidente em conversa com um aliado. As informações são da revista Veja.
De acordo com a publicação, Bolsonaro se refere aos secretários Waldery Rodrigues Junior e Marcelo Guaranys. O primeiro foi pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e teve cargos na área econômica em governos anteriores. O segundo, atual secretário-executivo da Economia, foi diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Segundo a Veja, a desconfiança de Bolsonaro teria aumentado após Waldery falar em entrevistas que a equipe econômica do Planalto apoiava congelar aposentadorias e pensões para dar sequência ao programa Renda Brasil.
O presidente não teria gostado das declarações e teria alertado para que membros do governo não insistissem no tema para a imprensa. Falou-se, conforme a Veja, em demissão de Waldery.
O Renda Brasil, programa de renda mínima anunciado pelo ministro da Economia Paulo Guedes, foi tratado como um “novo” Bolsa Família. O presidente, entretanto, abortou o projeto justamente devido às conversas sobre congelar os salários dos pensionistas e aposentados para viabilizá-lo.
“Congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade. Como já disse, jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos”, publicou Bolsonaro à época, via redes sociais.
– Congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade.
– Como já disse jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos. pic.twitter.com/5j3oI6vcSK
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 15, 2020
*com informações da Veja