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Bolsonaro diz que faltou ‘visão de futuro’ a quem construiu casa em área de risco

Acompanhado de seis ministros, Bolsonaro sobrevoou as áreas atingidas pelas chuvas

Bolsonaro diz que faltou 'visão de futuro' a quem construiu casa em área de risco (Foto: Maria Isabel Oliveira)

Após sobrevoar áreas da região metropolitana de São Paulo atingidas pelas chuvas nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que faltou “visão de futuro” por parte de quem construiu as residências nos locais de risco. Hoje, segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, há cerca de 26 milhões de moradias em situação irregular.

– Muitas áreas onde foram construídas residências faltou obviamente alguma visão de futuro por parte de quem construiu – disse Bolsonaro, ressaltando que as pessoas constroem nessas áreas por “necessidade”.

Acompanhado de seis ministros, entre eles o da Cidadania, João Roma (Republicanos), e Infraestrutura, Tarcísio Freitas, Bolsonaro sobrevoou as áreas destruídas pelos deslizamentos de terra na região de Francisco Morato por volta das 11h30 e depois se reuniu com prefeitos dos municípios afetados. Segundo ele, a visita teve como intuito mostrar o que o governo tem à disposição para minorar o sofrimento das famílias.

A reunião com os chefes do executivo municipal durou cerca de uma hora e não chegou a um valor exato para a ajuda federal. De acordo com Bolsonaro, os prefeitos vão apresentar as suas necessidades e o governo fará o “possível”.

O ministro Rogério Marinho disse que não irá atender ao ofício enviado pelo governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, solicitando R$ 470 milhões para obras antienchente e serviços emergenciais.

– O ofício trata de obras que dizem respeito à previsão orçamentária, com obras de contenção e não dizem respeito ao momento que estamos vivendo. A necessidade agora é tratar das pessoas e isso são ações emergenciais. O governador nos pede 50 milhões para ações emergenciais, mas os prefeitos vão dizer qual é a necessidade de cada prefeitura – disse Marinho, acrescentando que Doria sabe de que forma deve fazer essa solicitação.

O ministro afirmou que o país tem, hoje, cerca de 26 milhões de habitações irregulares e que a situação não se resolve da noite para o dia.

– Temos quase metade das habitações do país irregulares. É fruto de mais de 100 anos de ocupação obrigar. Não é um problema que aconteceu hoje.

*Por: Jornal Extra