O presidente Jair Bolsonaro fez uma homenagem na quarta-feira (17) ao general Emílio Garrastazu Médici, presidente durante o período mais violento da ditadura militar brasileira, no lançamento do Plano Safra 2020-2021.
Em discurso, no Palácio do Planalto, ele afirmou que foi durante o governo do militar que foi criada a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e ressaltou que filhos de agricultores foram enviados ao exterior para estudar novas tecnologias para o campo.
“Quero render uma homenagem aqui que, no passado, propiciou isso a todos nós, que foi o presidente Emílio Garrastazu Médici. Ele teve a ideia de criar a Embrapa e mandar jovens filhos de agricultores para fora do Brasil para buscar o que tinha de melhor no mundo”, disse.
No evento, o presidente disse ainda que, apesar do aumento do desmatamento na floresta amazônica nos últimos anos, o Brasil é um exemplo na proteção do meio ambiente. Segundo ele, as críticas feitas por entidades internacionais ao país são falsas.
“Nós somos um exemplo na questão ambiental”, disse. “Nos criticam lá fora de forma cruel e de forma não verdadeira”, acrescentou.
Ao todo, por meio do Plano Safra, serão disponibilizados R$ 236,3 bilhões ao financiamento de produtores agrícolas, um aumento de R$ 13,5 bilhões em relação ao plano anterior. O crédito será viabilizado de julho de 2020 a junho de 2021.
O montante será destinado tanto ao custeio e comércio, com R$ 179,3 bilhões, como ao investimento em infraestrutura, com R$ 56,9 bilhões.
Para os pequenos produtores, serão ofertados R$ 33 bilhões para financiamento pelo Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar), com juros de 2,75% e 4% ao ano.
A taxa de juros para os médios produtores será de 5% ao ano e, para os grandes produtores, será de 6% ao ano.