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Bolsonaro faz live com filhos e volta a defender voto impresso

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma “superlive” ao lado dos filhos neste domingo (28),…

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma “superlive” ao lado dos filhos neste domingo (28), na qual defendeu suas temáticas ideológicas usuais: críticas ao aborto, à legalização das drogas, ao marco temporal, a uma eventual regulação de mídias sociais, além da defesa pelo voto impresso.

Com a camisa da seleção de Israel, ele abriu a live dizendo que sente saudade do contato direto com o público. Logo começou a falar sobre a situação da Venezuela.

“Houve um acordo entre a oposição e a situação de Nicolás Maduro na Venezuela, o Tratado de Barbados. Eles resolveram juntos trabalhar para que sanções americanas deixassem de existir ou fossem atenuadas em troca de eleição livre e justa na Venezuela”, disse, ensaiando um elogio ao sistema de voto impresso ao lado de urna eletrônica, que guiou o plebiscito.

“Só que, o Tribunal Supremo da Justiça decidiu deixar inelegível por 15 anos a maior opositora do Maduro, Maria Corina, e o [Henrique] Capriles. Ou seja, no momento o Maduro não tem oposição na Venezuela”, afirmou, destacando que “lá, a oposição não ganha”.

Bolsonaro está impedido de disputar eleições por ordem do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o condenou à inelegibilidade, em junho, em ação sobre mentiras a respeito das urnas em reunião promovida com embaixadores em 2022. Posteriormente, ele foi condenado em uma segunda ação na corte eleitoral, sobre o uso em campanha das comemorações do Bicentenário da Independência.

Na live, o ex-presidente falou bastante sobre “narrativas”, mentiras e redes sociais. Disse que a aprovação do projeto de lei de combate às fake news em trâmite na Câmara dos Deputados seria a “pá de cal na democracia brasileira”.

“A situação em que a gente se encontra, de ex, não é fácil esse tal de ex. A gente tem que falar pouco, até para deixar que o outro lado se pronuncie mais. Se bem que vão perder grande fonte de notícias horríveis, porque a live [do Lula] não vai ter mais”, afirmou.

Ele voltou a fazer críticas ao TSE, numa suposta parcialidade durante a eleição. “Só se derruba página da direita, só se censura quem é conservador no nosso país e projeto não pode passar na Câmara. Quem vai dizer se essa matéria vai ser fake news ou não? O que defendemos é a liberdade e as pessoas que porventura sejam ofendidas que recorram à Justiça, calúnia, difamação.”

“O querido TSE fez campanha nas eleições para que jovens tirassem título de eleitor. E por volta de 80% dos jovens votam na esquerda, votam no PT, então foi campanha do TSE, com toda certeza intenção não foi essa, mas ajudou e muito as eleições de 2022”, disse.

O ex-presidente também fez críticas a Lula, além de alfinetá-lo, dizendo que até quando Lula vai dormir com sua esposa, fala dele. “Parece até, quando Lula vai dormir, em vez de falar ‘eu te amo’, ele fala ‘Bolsonaro’”.

Em muitos acenso à sua base fiel do agronegócio, Bolsonaro reclamou do veto ao projeto do marco temporal para demarcação de terras indígenas e questionou o que leva alguém a chamar o agronegócio de fascista.

O ex-mandatário fez a live ao lado de seus três filhos políticos, o senador Flávio (PL-RJ), o deputado federal Eduardo (PL-SP) e o vereador Carlos (Republicanos-RJ). Eles afirmaram que 360 mil pessoas estavam acompanham a live e disseram que Lula deixou de fazer transmissões semanais por falta de audiência.

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