Bolsonaro pede à PGR para investigar Alexandre de Moraes, após negativa do STF
O presidente Bolsonaro apresentou, nesta quarta-feira, uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) que tem…
O presidente Bolsonaro apresentou, nesta quarta-feira, uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) que tem como alvo o ministro Alexandre de Moraes. A base é a mesma que o presidente colocou na ação que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na qual acusa o ministro de abuso de autoridade. Relator do caso na corte, Dias Toffoli rejeitou o pedido do presidente nesta tarde.
No documento encaminhado à PGR, Bolsonaro afirma que o ministro teria realizado “sucessivos ataques à democracia, desrespeito à Constituição e desprezo aos direitos e garantias fundamentais”.
Na peça, o advogado de Bolsonaro enumera os itens da notícia-crime que levou ao Supremo. O primeiro é que seria a “injustificada investigação no inquérito das Fake News, quer pelo seu exagerado prazo, quer pela ausência de fato ilícito”. O segundo motivo seria “não permitir que a defesa tenha acesso aos autos”. A terceira alegação de Bolsonaro é que “o inquérito das Fake News não respeita o contraditório”.O quarto motivo apontado por ele é que Moraes teria decretado, contra investigados, medidas não previstas no Código de Processo Penal, contrariando o Marco Civil da Internet. O quinto e último ponto afirma que, mesmo após a PF ter concluído que o presidente da República não teria cometido crime em sua live, sobre as urnas eletrônicas, Moraes “insiste em mantê-lo como investigado”.
A nova investida de Bolsonaro contra Moraes acontece em meio a mais uma crise deflagrada pelo presidente contra o Judiciário. Bolsonaro e integrantes do governo seguem atacando a segurança das urnas, sem provas, e questionando a atuação do Tribunal Superior Eleiotal (TSE). No último domingo, Bolsonaro também voltou a fazer críticas aos ministros do STF.
— Eu vou ter que acreditar no senhor Barroso, Fachin, Alexandre de Moraes? Eles têm todo direito de defender a instituição. Todo direito. Agora não posso falar que o Poder Executivo é puro, que não comete deslize, eu não posso falar isso. E a mesma coisa outras instituições — afirmou para seus apoiadores.