Isento

Bolsonaro: Queiroz prestou depoimento por escrito e eximiu meu filho

O presidente disse ainda que as dúvidas em relação ao dinheiro movimentado nas contas de Queiroz estão "resolvidos".

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), deverá ser ouvido nesta segunda-feira (29), pelos investigadores da Operação Furna da Onça, no inquérito que apura o vazamento de informações sigilosas. Segundo acusações feitas pelo empresário Paulo Marinho, ex-aliado da família Bolsonaro, o gabinete de Flávio, hoje senador, teria sido informado com antecedência da investigação sobre as “rachadinhas”.

O presidente Jair Bolsonaro disse que o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, já prestou depoimento por escrito e isentou o senador. “Pelo que eu sei, ele já prestou depoimento por escrito e, pelo que fiquei sabendo, eximiu meu filho de culpa”, afirmou.

Bolsonaro falou com a imprensa na porta do Palácio do Alvorada, antes de seguir para o Regimento de Cavalaria da Polícia Militar do Distrito Federal, onde acompanha aula de montaria da filha.

O presidente disse ainda que as dúvidas em relação ao dinheiro movimentado nas contas de Queiroz estão “resolvidos”. Ele afirmou que Queiroz repassou uma conta que tinha com uma construtora para a Caixa. “Não tem R$ 1 milhão, isso é uma operação normal, isso está resolvido”, afirmou.

Além disso, o presidente defendeu que os depósitos de menos de R$ 2 mil encontrados na conta do assessor foram feitos porque esse é o limite para depósitos em envelopes em caixas eletrônicos. “Não é para fugir do Coaf, que o limite é R$ 10 mil”, acrescentou.

Bolsonaro também citou compras de imóveis por Queiroz e completou: “Se funcionários botavam dinheiro na conta do Queiroz, é problema dele, ele que responda”.

O presidente lembrou que conhece o ex-assessor desde 1984 e que nunca teve problemas com ele. Ele negou que tenha feito contato com Queiroz, que estaria fazendo um tratamento contra um câncer. Reportagem da revista Veja mostra que ele está morando no bairro do Morumbi, na cidade de São Paulo. “Não sei de Queiroz. Quem responde por ele é ele, não sou eu. A Veja descobriu como se ele estivesse foragido”, disse. “Não existe telefonema meu para ele, nada, não sei onde ele está”.