Encontro

Bolsonaro recebe prefeitos no Rio e promete mais autonomia para recursos

No total, o País conta atualmente com 5.570 municípios. Depois dos prefeitos, uma índia Xingu se encontrou com o candidato.

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) recebeu a visita de uma comitiva de prefeitos na tarde desta terça-feira, 23 em sua casa no Rio. O grupo formado por 17 integrantes foi entregar um documento que registra o apoio formal de 3.639 prefeitos brasileiros. No total, o País conta atualmente com 5.570 municípios. Depois dos prefeitos, uma índia Xingu se encontrou com o candidato.

Aos prefeitos, Bolsonaro prometeu que haverá mais autonomia para gerir recursos caso ele seja eleito no próximo domingo. “Vão parar as intermediações. O recurso deve sair direto de Brasília para o tesouro municipal. Os prefeitos é que vão fazer suas licitações, cuidar da sua relação, e a sociedade local que vai controlar”, afirmou o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador de campanha do presidenciável e anunciado para a chefia da Casa Civil em um eventual governo Bolsonaro.

“Esse é um movimento muito importante. Desde o início do processo eleitoral o futuro presidente Jair Bolsonaro sempre defendeu a ideia de mais Brasil e menos Brasília”, sustentou Lorenzoni. “Jair Bolsonaro vai ser o primeiro presidente que vai abrir mão de poder, e entregar esse poder aos reais representantes da sociedade brasileira, aqueles que cuidam do dia a dia das cidades.”

Pouco depois da saída dos prefeitos, a índia Ysani Kalapalo, da tribo do Xingu, chegou e pediu uma audiência com Bolsonaro. Ele a recebeu por cerca de 15 minutos. “Eu sou uma indígena que pesquisa, que vai atrás. Vim tirar satisfação com ele em relação aos povos indígenas. Se vê por aí que ele vai metralhar povos indígenas, que vai desmarcar (terras) indígenas. Hoje ele me confirmou que não vai fazer nada disso. O que ele disse é que o que está demarcado vai continuar demarcado”, afirmou Ysani.

No ano passado, em palestra no Clube Hebraica do Rio, Bolsonaro afirmou que se chegasse à Presidência “não vai ter um centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola”.