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Bolsonaro recua de fusão de Meio Ambiente e Agricultura e diz não querer xiita ambiental

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou que “pelo que tudo indica”, os ministérios do Meio…

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou que “pelo que tudo indica”, os ministérios do Meio Ambiente e Agricultura permanecerão separados, e que a pasta ambiental será comandada por alguém que não seja “xiita” na defesa do ambiente.

Bolsonaro afirma que a ideia da fusão foi discutida e que possivelmente será modificada. “Serão dois ministérios distintos, mas com uma pessoa voltada para a defesa do meio ambiente sem o caráter xiita, como feito nos últimos governos”, diz.

A declaração foi dada nesta quinta (1º) em entrevista a televisões católicas. “O Brasil é o país que mais protege o meio ambiente”, diz o presidente. “Nós pretendemos proteger proteger o meio ambiente, sim, mas não criar dificuldades para o progresso.”

O aceno para um recuo já havia sido feito no final da tarde desta quarta (31) por Luiz Antônio Nabhan Garcia, presidente da UDR (União Democrática Ruralista). Segundo ele, a questão só será definida “ao longo de muita conversa”.

Antes da eleição, Nabhan Garcia, após reunião com Bolsonaro e ruralistas, já havia falado sobre uma possibilidade de rever a decisão da fusão. A fala, contudo, foi contestada. Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, negou recuos em relação ao tema. “Ninguém recuou nada. A questão da agricultura, alimentação e meio ambiente é uma decisão desde os primeiros passos do plano de governo.”

A afirmação de Bolsonaro ocorre após críticas dos atuais ministros do Meio Ambiente, Edson Duarte, e da Agricultura, Blairo Maggi. A ideia também recebeu oposição de ex-ministros do Meio Ambiente, de ambientalistas e de setores do agronegócio.

Duarte afirmou que a fusão poderia trazer prejuízos para ambas as pastas, inclusive para o agronegócio. Maggi, que tem atuação como investidor no setor de soja, lamentou via Twitter a possibilidade de fusão e afirmou que a decisão traria “prejuízos incalculáveis ao agronegócio brasileiro”.