Bolsonaro sabia do plano para matar Lula, conforme relatório
Ex-presidente nega conhecimento sobre o caso
O sigilo do “inquérito do golpe”, que culminou no indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas, foi retirado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. No documento, a Polícia Federal (PF) aponta que o ex-presidente sabia do plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) envenenado.
Fontes da PF disseram à coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, que a corporação tem elementos que demonstram o conhecimento de Bolsonaro sobre o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que também incluía o assassinato do então vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.
Foi apurado que ocorreram registros de entradas de visitantes do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, e trocas de mensagens de militares com integrantes do governo Bolsonaro. A defesa do ex-ajudante de ordens de Jair, o tenente-coronel Mauro Cid, chegou a dizer, na última semana, que o ex-presidente sabia do plano, mas recuou da declaração, em seguida.
Bolsonaro, por sua vez, nega conhecimento sobre um plano para matar Lula e os demais. “Da minha parte, nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse discutir golpe comigo, eu ia falar, ‘tá, tudo bem, e o after day? E o dia seguinte, como é que fica? Como é que fica o mundo perante nós?”, disse na segunda-feira (25), após chegar em Brasília de uma viagem por Alagoas.