ELEIÇÕES

Bolsonaro terá de garantir transição se Lula ganhar, diz Alckmin a missões internacionais

Em encontro com observadores internacionais, ex-governador de SP disse que quem perder as eleições precisa reconhecer resultado

Com Covid, Alckmin participa virtualmente do lançamento de pré-candidatura de Lula (Foto: Facebook)

O candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse nesta sexta-feira (28) que Jair Bolsonaro terá de cumprir a lei e garantir uma transição segura, caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições. O comentário foi feito durante encontro reservado com missões de observadores internacionais em São Paulo.

Pela manhã, antes de embarcar para o Rio acompanhar o debate da TV Globo, Alckmin teve dois encontros, um com representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) e outro com uma comitiva do Parlamento do Mercosul (Parlasul).

Durante a conversa com os membros do Parlasul, um dos delegados da missão se disse preocupado com a eventual transição de um governo Bolsonaro para um governo Lula.

Em resposta, Alckmin afirmou que Bolsonaro vai ter de cumprir a lei – no caso, um decreto de Lula, editado em 2010, trata da atuação dos órgãos federais durante a transição, definindo o passo a passo do processo.

Segundo o vice de Lula, seu modelo de transição é a realizada do governo de Fernando Henrique Cardoso para o de Lula, no final de 2002.

Na época, os dois governos tinham equipes de transição que trabalhavam juntas e cuidavam especialmente de Orçamento, Banco Central e a relação Brasil-FMI. Do lado petista, os membros do grupo eram José Dirceu, Antonio Palocci, Luiz Dulci, Aloizio Mercadante e Luiz Gushiken. Entre os tucanos estavam Pedro Parente e Armínio Fraga.