Polícia Civil de Bom Jesus indicia falso educador pela 13ª vez
Em todos os processos, Antônio Narno de Souza Neto é investigado por prática de estelionato
Um homem que responde a 13 inquéritos policiais foi conduzido coercitivamente à delegacia de Bom Jesus, no Centro goiano, na manhã desta terça-feira (7). Em todos os processos, Antônio Narno de Souza Neto é investigado por prática de estelionato (Artigo 171 do Código penal Brasileiro).
Alvo de investigações da Polícia Civil de Bom Jesus há mais de três meses, Antônio Narno realizava atividades pedagógicas na área de cursos profissionalizantes em nome de uma empresa do Mato Grosso do Sul. Porém, o contrato dele foi rescindido, o que não o impediu de continuar suas atividades em nome da antiga empregadora.
O motivo da rescisão teria sido a não-remessa dos valores financeiros acordados entre o investigado e o Instituto Educacional Vanguarda, que tem registro regular e funcionamento autorizado pelo Ministério da Educação (MEC).
Apesar do vínculo suspenso, Antônio Narno continuou a ministrar aulas e a captar novos alunos, utilizando-se do mobiliário cedido pela instituição de ensino sul-matogrossense em regime de comodato. Ao longo dos meses de funcionamento irregular, os novos alunos matriculados não conseguiam realizar avaliações. Aqueles que terminaram o curso não obtinham seus certificados de conclusão.
De acordo com o titular da distrital, delegado Vicente de Paulo Silva e Oliveira, o Instituto Vanguarda foi vítima de apropriação indébita de bens e valores, ao passo que os alunos foram vítimas de estelionato e falsidade ideológica. Em sua oitiva, Antônio Narno afirmou que irá reparar o dano e restituir os objetos da empresa vítima, o que lhe lhe proporciona uma redução de pena de um a dois terços.