Cinema

Brasil está fora da corrida do Oscar pela 20ª vez seguida; ‘Roma’ é favorito

Os indicados serão conhecidos no dia 22 de janeiro e a cerimônia acontecerá em 24 de fevereiro, em Los Angeles

O filme “O Grande Circo Místico”, escolhido para representar o Brasil no Oscar, não está entre os nove títulos finalistas que concorrerão às cinco vagas de melhor longa estrangeiro. A lista foi divulgada pela Academia nesta segunda (17).

Os indicados serão conhecidos no dia 22 de janeiro e a cerimônia acontecerá em 24 de fevereiro, em Los Angeles.
Com isso, a próxima edição da premiação marcará a 20ª vez consecutiva que o país fica de fora dessa categoria -a última vez foi em 1999, com “Central do Brasil”.

Dirigido por Cacá Diegues, o representante nacional toma como ponto de partida poema de Jorge de Lima, que nos 1980 foi transformado em musical por Chico Buarque e Edu Lobo. A trama acompanha várias gerações à frente da lona, e tem no elenco os atores Jesuíta Barbosa, Bruna Linzmeyer, Vincent Cassel, Antonio Fagundes, Mariana Ximenes e Juliano Cazarré.

Considerando apenas produções 100% nacionais, o país já concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro quatro vezes. Também disputou, em animação, com “O Menino e o Mundo”, em 2016. Em 2004, com “Cidade de Deus”, concorreu em direção, montagem, roteiro adaptado e fotografia.

Entre os escolhidos estão o japonês “Assunto de Família”, de Hirokazu Kore-Eda, e o polonês “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski.

“Roma”, de Alfonso Cuarón, larga como favorito à estatueta. O representante mexicano, disponível na grade da Netflix, é inspirado nas lembranças da infância do diretor. Conta a história de Cleo, empregada doméstica de origem indígena, que trabalha e vive no casarão de seus patrões, brancos e membros de uma família de classe alta na capital do país.

Veja a lista de finalistas:
“Em Chamas”, de Lee Chang-dong (Coreia do Sul)
“Culpa”, de Gustav Möller (Dinamarca)
“Assunto de Família”, de Hirokazu Kore-Eda (Japão)
“Ayka”, de Sergei Dvortsevoy (Cazaquistão)
“Cafarnaum”, de Nadine Labaki (Líbano)
“Roma”, de Alfonso Cuarón (México)
“Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski (Polônia)
“Pássaros de Verão”, de Cristina Gallego e Ciro Guerra (Colômbia)
“Werk  Ohne Autor”, de Florian Henckel von Donnersmarck (Alemanha)