Mundial

Brasil fatura mais duas medalhas no Mundial de Judô

Maria Suelen Altheman repete vice-campeonato do ano passado, no Rio. No masculino, Rafael Silva, ficou com bronze

O Brasil terminou as disputas individuais do Mundial de judô de Chelyabinsk com mais duas medalhas, ambas no peso pesado, mas não conseguiu chegar à meta estipulada pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Na categoria feminina (mais de 78 kg), Maria Suelen Altheman repetiu o vice-campeonato do ano passado, no Rio, perdendo a final novamente para a cubana Idalys Ortiz. No masculino (mais de 100 kg), Rafael Silva, o Baby, prata em 2013, ficou desta vez com o bronze.

Restando apenas a competição por equipes, que começa na madrugada deste domingo, a delegação brasileira soma quatro medalhas. Antes da prata e do bronze deste sábado, Mayra Aguiar havia conquistado o ouro no meio-pesado e Érika Miranda ficou com o bronze na categoria meio-leve.

A meta da CBJ foi baseada no Mundial do ano passado, quando o País conquistou cinco medalhas no feminino – incluindo o ouro de Rafaela Silva – e uma no masculino – a prata de Rafael Silva. O objetivo era de que a delegação repetisse o número de medalhas com as mulheres e ganhasse duas com os homens. Para a disputa em equipes, a entidade espera que os dois gêneros subam ao pódio; no Rio, as mulheres ganharam a prata.

No sábado, o Brasil teve cinco judocas no tatame: dois atletas em cada gênero do pesado e ainda Luciano Correa no meio-pesado (até 100 kg). Campeão mundial em 2007, o judoca só venceu na estreia, contra o búlgaro Daniel Dichev. Na segunda rodada, perdeu para o checo Lukas Krpalek, atual líder do ranking mundial e que acabou conquistando a medalha de ouro. No pesado feminino, além de Maria Suelen, o Brasil teve Rochele Nunes, que não passou da primeira luta, diante da turca Gulsah Kocaturk.

Fora os medalhistas, o estreante David Moura foi quem chegou mais longe no torneio. O pesado de 27 anos disputou seu primeiro Mundial e ficou com o quinto lugar. Na semifinal, ele enfrentou o japonês Ryu Shichinohe, para quem havia perdido na final do Grand Slam de Paris. Com nova derrota, foi para a briga pelo bronze, mas perdeu novamente, dessa vez para o russo Renat Saidov.

DOMINANTES – Maria Suelen Altheman e Rafael Silva não conseguiram faturar a medalha de ouro neste sábado porque, no caminho, encontraram dois dos atletas mais dominantes do judô atual.

Suelen conseguiu se superar na semifinal e acabou com um tabu diante da japonesa Megumi Tachimoto. Até então, eram três confrontos entre elas, com vitória da nipônica em todos. Mas a brasileira soube controlar a luta, com muito volume no combate, e conseguiu vencer por causa de uma punição dada à rival. Na final, Suelen reencontrou Idalys Ortiz, atual campeã olímpica e que defendia o título mundial. Novamente, a cubana se deu melhor e chegou ao bicampeonato com um ippon com 1min11s de combate.

Rafael Silva precisou encarar o fenômeno Teddy Riner na semifinal. E o brasileiro não conseguiu ser páreo para o francês que acabou conquistando o sétimo título mundial consecutivo. Ao tentar dar um golpe no rival, o brasileiro foi ao chão e acabou sofrendo o estrangulamento, com menos de um minuto de luta. Na disputa pelo bronze, ele dominou o holandês Roy Meyer e o adversário acabou derrotado por punição.